Falta de constância nos números prova irritação da torcida com Egídio - Gazeta Esportiva
Falta de constância nos números prova irritação da torcida com Egídio

Falta de constância nos números prova irritação da torcida com Egídio

Gazeta Esportiva

Por Redação

04/11/2015 às 09:00 • Atualizado: 04/11/2015 às 10:40

São Paulo, SP

Em seu último jogo como titular, contra o Sport, Egídio foi alvo unânime da torcida (Foto:Djalma Vassão/Gazeta Press)
Em seu último jogo como titular, contra o Sport, Egídio foi alvo unânime da torcida (Foto:Djalma Vassão/Gazeta Press)


Bicampeão brasileiro com o Cruzeiro entre 2013 e 2014, e tido como um dos destaques daquele grupo vitorioso, o lateral esquerdo Egídio chegou ao Palmeiras já no decorrer desta temporada por intermédio de Marcelo Oliveira. O jogador tentou se aventurar na Ucrânia ao assinar com o ucraniano Dnipro, mas passou por maus bocados e decidiu voltar ao Brasil para reencontrar o bom futebol. No Palmeiras, essa procura de Egídio ainda não chegou a lugar algum, tanto que o homem de confiança de Oliveira acabou sendo preterido pelo veterano Zé Roberto.

Os dados compilados pelo Footstats comprovam a inconstância de Egídio no Alviverde. Notadamente conhecido por seu apelo ofensivo e pela dificuldade na marcação, o setor esquerdo do campo é frequentemente o mais explorado pelos adversários do Palmeiras, o que causa a ira da torcida. Na última partida dentro de casa, que culminou em um revés contra o Sport, o lateral esquerdo foi um dos poucos a serem xingados diretamente pela torcida que ocupou as arquibancadas do Pacaembu.

Apesar de afirmar que está ciente da responsabilidade de defender o Palmeiras e que não se abala com a pressão da torcida, Egídio não tem como contradizer os números. O fato de o camisa 66 ser o jogador que mais acerta passes na equipe (982), e o segundo que mais erra (168) - ficando apenas atrás de Rafael Marques (194) - mostra o quão é acionado quando está em campo. Com Dudu e Robinho como líderes de assistência da equipe, com seis cada um, Egídio é o quarto jogador que mais deu passes para gol, com quatro.

Contudo, é disparado o atleta que mais falha nos cruzamentos - que deve ser uma das principais características dos laterais - com 137 centros errados à área, seguido de longe por Lucas, outro lateral da equipe, que amarga 75 bolas alçadas de forma falha. Apesar do mau aproveitamento nos cruzamentos, Egídio é o segundo atleta no elenco que tem mais êxito no fundamento em questão, com 31 cruzamentos certos, um a menos que o meia Robinho.

Se o posicionamento de Egídio no campo defensivo é questionado pela crítica, por conta dos espaços que vira e mexe aparecem no setor esquerdo da defesa alviverde, exigindo a cobertura ou do volante ou do zagueiro, poucos sabem que é o lateral quem mais desarma bolas na equipe, com 92 retomadas de posse de bola, 35 a mais do que o índice do lesionado Gabriel (57) e com o dobro dos desarmes de Thiago Santos, contratado em agosto como o maior ladrão de bolas da Série B pelo América-MG.

Em coletiva na terça da última semana, às vésperas da semifinal da Copa do Brasil, Egídio admitiu que sua queda de rendimento acompanhou os deslizes do time nesta reta final de temporada, em que o Palmeiras deixou de somar pontos importantes em casa, como contra Sport e Ponte Preta, e agora vê a vaga no G4 pelo Brasileirão arriscada.

"Sinceramente não sei se foi a saída do Gabriel que interferiu. Claro que já tínhamos pegado um entrosamento quando ele me cobria ali. Acho que na nossa crescente todos estavam bem. Depois o time começou a oscilar coincidentemente quando o Gabriel se machucou. Eu oscilei junto, nada de anormal", comentou.

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