“As autoridades do futebol precisam ter mais responsabilidade. A temperatura estava muito alta, não existe isso. Precisamos respeitar os jogadores. Marcam os jogos e não perguntam nada aos atletas, que são os artistas do espetáculo. Outros jogadores reclamaram, o Prass disse que a pressão dele baixou quando foi comemorar o gol”, disse Lucas.
“Eu estava muito tonto, estava enxergando tudo muito embaçado, a ponto de me sentir muito mal, o corpo muito mole. Não gosto de reclamar, mas atrapalhou minha saúde. A qualquer momento, eu sentia que poderia desmaiar. Não é sacanagem. Senti na pele e temo por algo pior”, prosseguiu.
O lateral direito chegou a se deitar do lado de fora do campo na sombra, durante o primeiro tempo, para tentar se recuperar. “É legal para a torcida, eles aproveitam o domingo, mas em campo atrapalha, faz mal. É um esporte, é saúde, você não pode brincar com a saúde do atleta. Precisam evitar a fatalidade. Não pode deixar o atleta desgastado a ponto de acontecer alguma tragédia”, continuou.
Lucas cobra ação da diretoria contra jogos às 11 da manhã. “É o terceiro no Brasileiro, o quinto no ano. Precisamos rever essa situação, o Palmeiras tem de agir nos bastidores, porque é um horário que desgasta muito porque está muito quente. Se fosse uma temperatura mais baixa, não teria problema nenhum”, cobrou.
Dudu, por sua vez, negou relação entre seu vômito e o calor, mas também reclamou do horário. “Quase sempre acontece isso comigo no jogo. Sempre tomo remédio antes. Não está relacionado (ao jogo de manhã), mas vou reforçar: está muito quente para jogar esse horário”, disse o atacante.
A partida entre Palmeiras e Flamengo neste domingo estava inicialmente marcada para as 16 horas. Mas foi alterada a pedido da Polícia Militar, que tem como preocupação as manifestações contra a presidente Dilma Rousseff marcadas para esta tarde na capital paulista. Já os outros dois jogos no Brasileiro já ocorridos no Palestra Itália às 11 horas estavam realmente previstos para este horário por decisão da CBF.
