Edmundo voltou à Academia de Futebol na manhã do último domingo. Convidado para um evento promocional, o ex-jogador do Palmeiras ficou emocionado ao retornar ao local e disse se identificar com o atacante Dudu, atual dono da camisa 7 alviverde.
Edmundo disputou 223 partidas e anotou 99 gols pelo Palmeiras. Carinhosamente chamado de “Animal” pela torcida, foi campeão paulista (1993 e 1994), brasileiro (1993 e 1994) e do Rio-São Paulo (1993). Ele defendeu o clube entre 1993 e 1995 e de 2006 a 2007.
“Sinto muita saudade. Meu armário está no mesmo lugar e por caso, sem querer mesmo, acabei sentando no local de sempre. Entrar no gramado da Academia é sensacional, é um resgate da nossa história que, na correria do dia a dia, de vez em quando acabamos esquecendo”, afirmou.
Edmundo Alves de Souza Neto honrou como poucos a camisa 7 da Sociedade Esportiva Palmeiras e consolidou um lugar entre os maiores ídolos do clube fundado em 1914. Atualmente, o antigo atacante vibra com os feitos de Dudu, digno herdeiro de seu número e protagonista do recente título da Copa do Brasil sobre o Santos.
“O Dudu é um menino sensacional. Acho que nossas características são bem parecidas: a entrega, a vontade, o desejo de vitória. Fiquei muito feliz e de alguma maneira me senti representando quando ele fez os dois gols na final da Copa do Brasil. São outros tempos, mas a magia da camisa 7 voltou”, afirmou Edmundo.
Em busca de inspiração, Dudu chegou a convidar o ex-jogador para visitar a Academia de Futebol antes da decisão da Copa do Brasil e também chamou Edmundo para seu jogo festivo de final de ano. Contente pelo interesse do atual camisa 7, o ídolo ofereceu sua sabedoria.
“Se eu pudesse dar um conselho ao Dudu, diria para usar mais o que tem de melhor, que é a técnica, a qualidade individual. Que ele drible mais, porque é isso que está faltando um pouco no futebol brasileiro. Agradeço pelos convites, mas ultimamente tenho trabalhado mais do que quando jogava”, afirmou.
No começo de sua carreira, Edmundo provocou uma série de confusões, dentro e fora do gramado. Aos 44 anos, o ex-atacante, atual comentarista esportivo, sorriu ao atestar que o temperamento explosivo também é uma semelhança com Dudu, expulso por empurrar o árbitro na final do último Campeonato Paulista.
“Acho que esse tipo de coisa também faz parte, o torcedor se identifica. Em alguns momentos da partida, irritar o adversário e criar uma polêmica desvia um pouco o foco e você pode tirar proveito disso. Nesse ponto, a gente é bem mais parecido”, declarou.
