Morador das imediações do Palmeiras, Chico Lang frequentou o clube na infância. Embora nunca tenha sido sócio, nadou nas piscinas, atuou como gandula para os ídolos da Academia de Futebol e arriscou alguns xavecos nas festas de Carnaval. Anos depois, para pagar uma aposta, chegou a vestir a camisa alviverde.
Comentarista deseja conhecer o estádio
“O título de sócio do Palmeiras antigamente era muito caro, e minha família não tinha condições de pagar. Então, o que a gente fazia? Pulávamos por trás para nadar na piscina do clube. Aqui entre nós: onde tinha mulher, estávamos presentes. Era futebol e mulher. Passei vários Carnavais no Palmeiras. Era muito bom”, recordou Lang.
Antes da construção da Academia de Futebol, o centro de treinamento erguido na Avenida Marquês de São Vicente, o Palmeiras usava o próprio estádio para trabalhar. Neste período, já corintiano, Chico Lang teve a oportunidade de ver alguns craques do arquirrival de perto.
“Eu era moleque, tinha uns 12 anos. Durante os treinos, a gente pulava dentro do campo para apanhar as bolas que os jogadores chutavam. Quantas vezes não fiquei atrás do gol da piscina para devolver as bolas para o Gildo? Fui uma espécie de gandula do Palmeiras. Conheci o Ademar Pantera, o Chinesinho. Tínhamos esses atletas como ídolos”, disse.
Chico Lang costumava atuar como goleiro nas peladas e, ainda na infância, conheceu Oberdanzinho, filho de Oberdan Cattani, um dos maiores ídolos da história alviverde. Após jogarem bola na rua, ambos se dirigiam para a casa da família Cattani para comer bolo e tomar ki-suco.
Ele iniciou a carreira como jornalista na mídia impressa e, ao ingressar na televisão, encarnou o tipo corintiano com afinco. Já na TV Gazeta, fez uma aposta com um antigo produtor do programa Mulheres, e perdeu. “Tive que vestir a camisa do Palmeiras, aquela listradinha”, lamentou.
Na TV Gazeta, Chico Lang também já foi vítima do irreverente apresentador Sérgio Mallandro. Explorando o ódio de parte da torcida do Palmeiras em relação ao comentarista do programa Mesa Redonda, o comediante resolveu pregar uma peça.
“O Mallandro simulou uma emboscada da Mancha Verde contra mim. Pô, quase morri do coração! No dia em que nos encontramos na garagem, só não bati nele porque me seguraram. Eu saí correndo atrás dele: ‘Quero que você se dane com o seu jiu-jitsu, vou quebrar a sua cara!’ Depois, acabamos nos entendendo. Ele é maluco, mas é legal”, recordou.
