Choro, gol, cusparada e mea-culpa: Deyverson elege seus altos e baixos no Palmeiras - Gazeta Esportiva
Choro, gol, cusparada e mea-culpa: Deyverson elege seus altos e baixos no Palmeiras

Choro, gol, cusparada e mea-culpa: Deyverson elege seus altos e baixos no Palmeiras

Gazeta Esportiva

Por Tiago Salazar

30/04/2020 às 05:00

São Paulo, SP

Foram dois anos e meio vestindo a camisa do Palmeiras. Deyverson agradou, incomodou, irritou, fez de tudo um pouco. Intenso, hiperativo e “sem maldade”, como dizem seus companheiros, o atacante está emprestado ao Getafe-ESP, mas elegeu, em entrevista exclusiva à Gazeta Esportiva, seus principais momentos positivos e negativos pelo Verdão.




Para começar falando de coisa boa, Deyverson citou o gol em cima do Vasco, na 37ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2018. Na ocasião, o alviverde venceu por 1 a 0 e confirmou o título nacional. A lembrança da despedida, em janeiro deste ano, também é guardada com carinho.
Mais legal foi realmente ter feito o gol do título, momento que me marcou muito, e a despedida na cozinha, as pessoas da limpeza, todo mundo chorando. Eu sempre dava beijo nas tias, são pessoas muito humildes. O pessoal pensa que quem trabalha no Palmeiras tem dinheiro, mas eu já levei uma tia até a casa dela, eu vi a dificuldade. O amor deles é surreal. Quando fui embora, não aguentei, cai em lágrimas.

Por outro lado, um lance de que Deyverson não se orgulha nem um pouco foi a cusparada em Richard durante o clássico com o Corinthians. O duelo no Allianz Parque aconteceu pela quinta rodada do Campeonato Paulista e acabou com o palmeirense expulso e vitória alvinegra por 1 a 0.
Negativo, dentro de campo, foi o ato que eu tive contra o Corinthians, de ter cuspido no Richard. Eu não voltaria a fazer, não voltaria mesmo. Me arrependi muito, pedi desculpa para ele. Aquilo me marcou bastante pelo lado negativo.

A eliminação nas quartas de final da Copa Libertadores de 2019, para o Grêmio, no Pacaembu, até hoje é outro momento que não sai da cabeça de Deyverson. Ele entrou no segundo tempo e errou praticamente tudo que tentou. A partir dali, o desgaste de sua relação com o clube e com a torcida cresceu e colaborou para sua saída.

“Ganhamos lá, fizemos gol aqui e deixamos virar. Entrei desligado”.

“Eu estava preparado para jogar, mas ficou a dúvida se iria eu ou o Borja para o banco. Acabou sendo eu, e eu estava preparado, tinha treinado. Assim que acabou o primeiro tempo, o Felipão mandou eu aquecer e entrei meio desligado. Não culpo ninguém. Eu não estava no jogo. O problema é que eu achei que não ia entrar. Aquilo me marcou negativamente”.

Deyverson tem contrato com o Palmeiras até 2022, mas já externou seu desejo de permanecer na Espanha, apesar do vínculo com o Getafe-ESP terminar em dois meses.



 

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