Após sofrer com bife no pé e erro médico, Fellype Gabriel quer ser útil - Gazeta Esportiva
Após sofrer com bife no pé e erro médico, Fellype Gabriel quer ser útil

Após sofrer com bife no pé e erro médico, Fellype Gabriel quer ser útil

Gazeta Esportiva

Por William Correia

28/07/2015 às 16:11 • Atualizado: 28/07/2015 às 19:12

São Paulo, SP

Após cerca de três meses só treinando, Fellype Gabriel, enfim, foi apresentado no Palmeiras, na esperança de ser útil, mesmo sem jogar há 11 meses. E agradecendo por ter se livrado do Al Sharjah. No clube dos Emirados Árabes Unidos, o seu último, o jogador sofreu com um erro médico e chegou a treinar com um bife no pé para suportar as dores após levar uma pancada.

“Tomei uma pancada em um jogo, o peito do pé inchou e, para treinar, mandaram eu sentar na maca e foram para a geladeira pegar um pedaço de bife, com um remédio lá. Enfaixaram e fui para o treino sem conseguir fechar a chuteira. Continuou doendo e avisei que queria ir para o jogo, mas com uma espuma mesmo no pé”, disse o meia, hoje sorrindo, a ponto de dizer que teve vontade de comer a carne. “Estava bonito o bife, sem nenhuma gordura. Até perguntei se podia levar para casa.”

Um problema, contudo, foi mais grave. Fellype passou por uma cirurgia por ruptura de ligamento no joelho esquerdo, e fez questão de fazer a operação em São Paulo, com um médico brasileiro. Meses depois, quando estava próximo de voltar, se queixou de dores e sofreu uma infiltração que acabou trincando seu osso.

“Era um tunisiano, se não me engano. Falavam que era médico, mas, na verdade, era fisioterapeuta. Os jogadores viviam com lesões e era só infiltração. Tinha hora que dava dó. Tentei ajudar de todas as formas, levei um fisioterapeuta brasileiro e os jogadores árabes pediam para ir à minha casa serem atendidos, porque o doutor não deixava isso no clube. Lamento muito não poder ter ajudado mais meus meninos”, comentou.

Assim, completa 11 meses sem entrar em campo – realizou o fim de seu tratamento no Vasco e, após acertar com o Verdão, no Palmeiras. “Foi uma coisa que me fez voltar ao Brasil. A parte médica lá é bastante complicada, e o futebol de hoje precisa de um departamento médico de qualidade, como o Palmeiras tem”, elogiou, na expectativa de, enfim, ser útil – embora sem a importância que tinha no Sharjah, time que quase foi rebaixado nos Emirados Árabes Unidos.

“Apesar de o futebol ser bem diferente, eu corria bastante lá. Tinha que fazer um esforço muito grande pelo time em que eu estava. Agora, quando você trabalha com tanto jogador de qualidade, facilita muito. Espero aproveitar a oportunidade que tiver. Estou adaptado, só estou há muito tempo sem jogar. Os companheiros estão me ajudando e me cobro bastante para estar 100% logo”, comentou Fellype, que ainda nem conversou com o técnico Marcelo Oliveira, já que trabalha fisicamente, embora participe normalmente de treinos técnicos.

“Não tive nenhuma conversa direta com o Marcelo ainda, falo mais com o Juvenilson, preparador, porque estou trabalhando mais a parte física. Mas estou melhorando também a parte técnica. A tendência é evoluir cada vez mais”, comentou o jogador, que assinou contrato até maio de 2017. “Eu me preocupo em me dedicar aos treinos. Sei a minha capacidade e a dos meus companheiros. Quem está jogando pode sair por suspensão, lesões, e todos devem estar prontos para entrar e ajudar. É o que tentarei fazer”, prometeu, sem estimar tempo para sua estreia no Verdão.

O meia de 29 anos estava no Al Sharjah, dos Emirados Árabes, e assinou contrato até maio de 2017 (Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)
O meia de 29 anos estava no Al Sharjah, dos Emirados Árabes, e assinou contrato até maio de 2017 (Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)

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