Contratado no início de outubro, Jurgen Klopp já parece ter atingido seu objetivo inicial no Liverpool: devolver a autoestima da equipe dar mais intensidade a ela dentro de campo. Agora o treinador alemão passa a olhar mais para frente e projeta aonde pode chegar com o time que herdou de seu antecessor, Brendan Rodgers. Para ele, uma das peças importantes para buscar conquistas à frente dos Reds é o brasileiro Roberto Firmino.
“Roberto veio de um clube pequeno na Alemanha, o Hoffenheim, e não jogava sob tanta pressão por lá. Então ele se transferiu para um grande clube como o Liverpool, com toda a expectativa da mídia e da torcida. Ele precisa de tempo. Ele parece mais velho do que é em termos de experiência. Tem um grande talento físico, é muito forte, muito rápido e muito bom finalizador. Mas acredito que ele ainda não tenha mostrado 100% do seu potencial”, analisou o técnico, projetando um grande futuro para o brasileiro de 24 anos, que custou £ 29 milhões (R$ 140 mi pela cotação de junho) aos cofres do clube.
Há pouco menos de dois meses à frente do Liverpool, Klopp tem implantado seu estilo na equipe gradativamente, com mais intensidade física em campo, marcação avançada sobre a saída de jogo adversária e menor preocupação em reter a posse de bola. Para continuar essa transição, que já deu resultado nas convincentes vitórias por 3 a 1 sobre o Chelsea e 4 a 1 sobre o Manchester City, especula-se que ele possa buscar alguns de seus antigos comandados da época do Borussia Dortmund.
Contrariando tais boatos, parte da mídia inglesa chegou a afirmar que, pela boa relação que tem com o antigo clube, o treinador teria feito um acordo com a equipe alemã determinando que não tentaria contratar jogadores de lá para os Reds, possibilidade que ele fez questão de negar.
“Eu ouvi dizer que fiz um acordo com o Borussia, mas não. Ainda que, na minha opinião, só faça sentido buscar jogadores que nós tenhamos condições de contratar. Talvez eu possa buscar um atleta, sem surpresas, ainda tenho um bom relacionamento com o Borussia Dortmund e seus jogadores. Mas não há nada entre nós e se houvesse a possibilidade de contratar um jogador de lá e nós precisássemos dele, então poderíamos tentar. Mas não há acordo algum, claro que não. E também não há nada que nos impeça de vender jogadores para lá”, garantiu o alemão.
Por fim, Klopp expressou sua preferência por reforços mais baratos e não tão conhecidos, estratégia que utilizou em seu antigo clube e resultou na ascensão de nomes como o do centroavante Lewandowski, contratado por ele junto ao Lech Poznan, da Polônia, em 2010 e quatro anos depois comprado pelo Bayern de Munique, onde brilha atualmente.
“Há muitas mães nesse mundo que têm filhos brilhantes, então você não precisa só ir atrás dos caras que todo mundo já conhece. Na minha opinião, só faz sentido pensar em jogadores que você pode contratar. Se você quiser disputar com os times de Manchester, por exemplo: podemos pagar 100, eles podem pagar 120, é um mercado louco. Por favor, não façamos isso. Sim, falamos de alguns atletas e nos preparamos para buscá-los quando precisarmos, mas essa decisão não é para este momento”, finalizou, mostrando tranquilidade a um mês da próxima janela de transferências.
