Em 2014, Luis Suárez era o grande astro do Liverpool e comandava o ataque da equipe. No entanto, sua saída para o Barcelona no mesmo ano fez com que os Reds procurassem incessantemente por num novo nome de peso para o time. O escolhido acabou sendo Mário Balotelli, que veio do Milan. Escolha que Brendan Rodgers, técnico da época, demonstra reprovar.
Para o treinador, a função que Suárez ocupava no time já havia excedido apenas a tarefa de fazer gols. O uruguaio era um “faz-tudo” no ataque e, Balotelli não apresentava o mesmo perfil, sendo incapaz de repor a perda do atacante com o mesmo estilo de jogo.
"O que precisávamos era um substituto para atuar como ponta, na frente. Não era apenas um goleador que estávamos querendo, pois Luis Suárez estava dando muito mais do que isso", disse.
O comandante britânico já havia observado o atacante italiano no Milan, e no momento, sua avaliação não foi positiva, acreditando que a contratação do jogador não era a mais indicada. Como as opções no mercado eram escassas, acabou acatando o desejo da diretoria.
"Depois de um amistoso contra o Milan, fui perguntado e vi que ele não era alguém adequado ou com o perfil que estávamos procurando. Entretanto, no fim da janela de transferências, quando estávamos com dificuldade para encontrar o jogador ideal, os donos pensaram que ele era um jogador que poderíamos desenvolver", explicou.
Mesmo inicialmente contrariado, Rodgers deu o seu aval para o negócio, já que os superiores no clube acreditavam ser o melhor caminho. Ainda assim, percebeu que os diretores se iludiram com o que Balotelli poderia ser e o que realmente era
"Pensaram que ele era um jogador de 50 milhões de libras, que poderiam trazer por 16 milhões para eu desenvolver. Quando os proprietários querem que você vá por esse caminho e não existem outras opções, você tem que dar uma chance", declarou.
