Após queda, torcida se envolve em briga e presidente prevê mudanças
Por Redação
06/12/2015 às 21:36
São Paulo, SP
A derrota para o São Paulo confirmou a queda do Goiás, que retorna à Série B depois de quatro anos. Contudo, a derrota do Esmeraldino não aconteceu apenas no campo. A briga envolvendo parte da torcida e o efetivo da Polícia Militar, já no final do jogo, pode complicar o clube nos tribunais, já que será um caso de reincidência. Por outro lado, a queda implicará também na revisão do planejamento e em uma série de dispensas.
Nos últimos minutos da partida, quando o Goiás já perdia por 1 a 0, um pequeno grupo dos 35.375 presentes no Serra Dourada, colocado no setor sul das arquibancadas, começou uma confusão que exigiu a presença do efetivo militar. Fazendo uso de bombas de efeito moral para apartar a confusão, a Polícia Militar conseguiu fazer com que, de alguma forma, a ordem fosse mantida no estádio.
O episódio pode complicar a vida do Goiás no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Não bastasse a perda de dois mandos de campo para a Série B, já certa após a confusão no jogo contra o Figueirense - quando a torcida jogou objetos no gramado e enfrentou a PM -, o Esmeraldino corre risco de voltar aos tribunais sob ameaça de um gancho mais pesado, já que é reincidente.
Nos vestiários, após a partida, o presidente Sérgio Rassi lamentou os percalços durante a campanha, mas não se surpreendeu com a derrota para o Tricolor paulista nos últimos minutos. "Fomos rebaixados não hoje (domingo), fomos naqueles jogos contra Figueirense e Coritiba, daí o tamanho da revolta que tive com aqueles resultados. Vi o resultado como normal. O que não pode é perder jogos de seis pontos em casa. Aí é ser rebaixado", declarou.
Depois de mudar de técnico por duas vezes na temporada, Rassi já prevê mudanças visando o ano de 2016. "Temos que rever tudo no Goiás, desde a base até a direção do futebol. Dos atletas que estão nesse elenco, pouquíssimos irão permanecer. Queremos jogadores guerreiros, com qualidade técnica e que honrem a camisa. Isso foi uma lição para tomar medidas mais enérgicas e dedicar mais atenção ao futebol", reconheceu o presidente.