Policial revela tom arrogante de Gabigol e que jogador tentou se esconder - Gazeta Esportiva
Policial revela tom arrogante de Gabigol e que jogador tentou se esconder

Policial revela tom arrogante de Gabigol e que jogador tentou se esconder

Gazeta Esportiva

Por Redação

14/03/2021 às 13:46 • Atualizado: 14/03/2021 às 14:13

São Paulo, SP

Gabigol, do Flamengo, foi levado à delegacia na madrugada deste domingo por estar, com mais de 200 pessoas, num cassino clandestino. O atacante estava de folga e tinha reapresentação marcada para segunda-feira. Em entrevista à Bandeirantes, um dos policiais que estava no local, relatou o ocorrido.



O delegado Nico conta que tanto o atleta, quanto o funkeiro Mc Gui, se esforçaram para não serem reconhecidos: “Tentaram se esconder com panos na cabeça e ficaram atrás de moças e cadeiras no camarote de luxo. Eles estavam de máscara, ao menos na hora da abordagem da polícia, mas queriam passar batido”.

De acordo com o deputado Alexandre Frota, que estava no local no momento da operação policial, o jogador teria tentado se esconder embaixo de uma mesa. O delegado Nico contou também que, ao ser abordado, Gabriel teria usado um tom arrogante.

"Ele falava com os policias com um ar de superioridade. Chegou a dizer para o delegado que trabalha comigo que nós que causamos o tumulto. Ele trata o pessoal com um pouco de arrogância. Ele pode ser o Gabigol ou quem for. Ele foi conduzido”, relatou.




Alexandre Frota também contou que, além de Gabigol e Mc Gui, Rafael Vanucci estava no local. Os três tentaram se esconder embaixo da mesa, num andar superior do local, onde ficam os camarotes, por cerca de 40 minutos. O atacante deixou o local com um pano na cabeça e usando máscara. Até às 4h30, ainda estava detido na delegacia.

O delegado Eduardo Brotero, que estava no local, também fez declarações sobre o ocorrido, em entrevista à Globo News. Ele conta como foi realizada a operação e como a polícia ficou sabendo do evento.

"Tivemos a informação através de uma força-tarefa montada pelo governo do estado com a Polícia Civil, Polícia Militar, Procon, Corpo de Bombeiros, vigilância sanitária e outros órgãos como a Guarda Civil Metropolitana de que no lugar haveria uma festa clandestina com aglomeração, que é o que combatemos. Ao chegarmos no local, para a nossa surpresa, não se tratava de uma festa clandestina, e sim de um cassino clandestino. Na verdade bastante grande. Com diversas pessoas aglomeradas, se expondo ao contágio novamente".



A polícia levou todos os presentes para a delegacia, mas o delegado afirma que todos foram prontamente liberados para não gerar uma nova aglomeração. Segundo apuração do Globo News, o atacante assinou um termo de TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência), que substitui a prisão em flagrante pelo compromisso de comparecimento em todos os atos judiciais que for requisitado.

Com isso, cabe ao Ministério Público a decisão de processar Gabriel e os outros envolvidos. O atacante pode ser processado pelo crime previsto no artigo 268 do Código Penal, por desrespeitar as ordens do Estado em relação ao combate a propagação de doenças contagiosas e pelo crime de estar envolvido com jogos de azar, que são ilegais no Brasil.

Conteúdo Patrocinado