Cruzeiro na final da Copa do Brasil reforça bom retrospecto do futebol mineiro - Gazeta Esportiva
Cruzeiro na final da Copa do Brasil reforça bom retrospecto do futebol mineiro

Cruzeiro na final da Copa do Brasil reforça bom retrospecto do futebol mineiro

Gazeta Esportiva

Por Do correspondente Marcellus Madureira

27/09/2017 às 07:58 • Atualizado: 27/09/2017 às 10:02

Belo Horizonte, MG

Cruzeiro pode garantir na noite desta quarta-feira o titulo da Copa do Brasil (Foto: divulgação/Cruzeiro)


Em 2011, Atlético e Cruzeiro abriram a última semana de dezembro na seguinte situação: o Galo comemorava o objetivo principal de escapar da segunda divisão enquanto a Raposa trabalhava forte para ainda escapar dela. O fim dessa história todos já sabem, com o histórico placar de 6 a 1. Essa, porém, foi a última vez que o futebol mineiro ficou esquecido no fundo do poço do Brasil.

Em 2012, o Cruzeiro ainda precisou de uma reestruturação. O clube passou a ser comandado por Alexandre Mattos que iniciou o planejamento. Já o Galo sofria grande pressão de seu torcedor e não tinha tempo para errar mais. Ganhou na metade do ano o reforço de Ronaldinho Gaúcho e conseguiu fazer uma bela campanha no Brasileirão, ficando com o vice-campeonato. Além disso, voltou a disputar a Copa Libertadores após 13 anos longe do torneio.

As temporadas 2013 e 2014 foram as mais vitoriosas do futebol mineiro. O Galo comemorou o título da Copa Libertadores, conquistado em uma mistura de sorte, raça e competência. Já a Raposa, que iniciou um planejamento do zero, chegou em dezembro como campeão brasileiro.

Com Mineirão lotado, Galo conquistou a Libertadores 2013 (foto: Bruno Cantini/Atlético)


Em 2014, o Cruzeiro seguiu da mesma forma. Conseguiu segurar o time e seguiu sendo o melhor do Brasil. Tinha ainda a oportunidade de voltar a fazer história chegando a final da Copa do Brasil. Já o Galo iniciou aquele ano mal, mas recuperou com a chegada do técnico Levir Culpi. Conseguiu também avançar as finais da Copa do Brasil e surgia ali a histórica decisão local de uma competição nacional. O Atlético se saiu melhor e, no fim das contas, a dupla mineira mais um ano comandou o futebol.

O ano seguinte foi de dificuldades para o Cruzeiro. A Raposa não conseguiu segurar peças importantes como Everton Ribeiro e Ricardo Goulart e sofreu para repor. O Galo seguiu com um grande time e disputou o Brasileirão, mas não superou o Corinthians. Em 2016, a situação se repetiu, o Atlético disputou na cabeça o Brasileirão e chegou a final da Copa do Brasil contra o Grêmio, ficando com o vice-campeonato.

Em 2017, quando o Galo está mal, o Cruzeiro assume a condição de guiar o futebol mineiro rumo a cabeça. Com o comando do experiente Mano Menezes, o time azul chegou a final da Copa do Brasil, contra o Flamengo, e disputa na noite desta quarta-feira, no Mineirão, o titulo. Uma vitória simples é o suficiente para a Raposa levar a taça.

O detalhe é que nos últimos anos os mineiros ficam no topo das tabelas, mas a situação financeira é bem diferente dos rivais brasileiros. Em comparação aos rivais do eixo Rio-São Paulo, a dupla mineira tem mais dificuldades para "fazer futebol".

Para se ter uma ideia, os finalistas da Copa do Brasil 2017 entram em campo com o mesmo patrocínio estampado nas camisas. Os valores repassados , no entanto, são bem diferentes: enquanto a Raposa leva R$ 11 milhões para divulgar o banco, o Rubro-Negro embolsa R$ 30 milhões. Ambos podem aumentar os valores com premiações - algo que vai acontecer para um dos dois nesta noite.

Atlético e Cruzeiro recebem R$ 11 milhões da Caixa. O Corinthians em 2017 decidiu não renovar o vínculo com o banco por causa dos valores oferecidos, muito abaixo do esperado e do último contrato: apenas R$ 18 milhões, antes era a mesma quantidade do Flamengo.

Além de observar as verbas arrecadadas com os patrocínios em camisas, é necessário também lembrar os valores de cotas de TV, com Atlético e Cruzeiro ficando atrás de Flamengo, Vasco e Corinthians, segundo estudo realizado pelo Itaú.

Com poder financeiro menor, tanto Atlético quanto Cruzeiro não fazem feio em relação aos maiores concorrentes, conseguem ter times competitivos e brigam sempre no topo da tabela.

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