A passagem de Paulo Bento pelo Cruzeiro foi rápida. Ele chegou em maio e deixou a Raposa em julho. Porém, seu nome permanece na folha de pagamento do clube mineiro que gastou quase R$ 2 milhões com um técnico que saiu deixando a agremiação no Z4. E ainda tem dívida para pagar.
A forma como foi feita o contrato do treinador que explica a situação. O português chegou ao Brasil para ganhar R$ 400 mil. Uma cláusula no contrato, porém, ordenava que a Raposa fosse obrigada a pagar os vencimentos do comandante até o fim de seu contrato, mesmo ele sendo demitido no meio do caminho.
O contrato de Paulo Bento era até dezembro de 2017. Após a demissão, o treinador seguiu recebendo normalmente. Na época ficou acertado que se ele conseguisse outro contrato abriria mão de receber a verba azul. Em agosto, ele assinou com o Olympiacos, da Grécia.
No entanto, como as condições eram piores, Bento condicionou sua ida ao futebol grego se fosse feita uma negociação para seguir recebendo do clube mineiro. "Os salários do Olympiacos são mais baixos que no Brasil e ele falou que só iria se o Cruzeiro continuasse pagando 50% dos salários. Acabou que o Cruzeiro aceitou pagar 30% do salário dele. O Cruzeiro pagaria 30% do salário. O Cruzeiro pagaria 30% do salário. O Cruzeiro teve uma economia. É aquela história do copo meio cheio ou meio vazio", destacou o ex-vice-presidente do clube, Bruno Vicintin.
Desta forma, a quantia paga pelo Cruzeiro passou de R$ 400 mil para R$ 120 mil. Demitido do Olympiacos em março deste ano, Bento segue faturando sentado no sofá de casa.
