Após se despedir de Coritiba e Palmeiras, o meia Alex utilizou o Mineirão para dizer adeus a outro clube brasileiro no qual fez história. Na tarde deste sábado, o ex-jogador fez uma partida comemorativa pelo Cruzeiro, com o duelo entre os atletas que atuaram pela equipe em 2003 – ano da conquista da tríplice coroa – e diversas gerações de ídolos da história do clube. Nos gramados, a turma da tríplice levou a melhor e derrotou o Ídolos Eternos por 6 a 2.
O pontapé inicial partiu de Dirceu Lopes, ídolo que participou da conquista da Taça Brasil de 1966. Ao todo, 82 jogadores compareceram ao evento. “Muitos deles escreveram a história e, por uma razão ou outra, acabam esquecidos. E hoje tem uma boa parte da história do Cruzeiro (no Mineirão)”, afirmou o homenageado Alex.
Logo com dois minutos de jogo, Aristizábal recebeu um cruzamento de Maurinho e abriu o placar para a Tríplice Coroa no Mineirão, mandando a bola no canto esquerdo do gol. Pouco depois, os Ídolos Eternos marcariam, com Alex Mineiro recebendo de Tinga e, de canhota, igualando o placar no estádio. Mas o dono da festa anotaria o seu aos 14 minutos, aproveitando a falha de Caçapa e Cléber para mandar a bola para o fundo das redes.
A equipe de 2003, que iniciou a partida sob o comando de Vanderlei Luxemburgo, ficou com Paulo César Gusmão no segundo tempo. “São jogadores muito talentosos, isso faz o futebol ficar simples”, afirmou o atual técnico celeste, que deixou o estádio para seguir com a equipe do Cruzeiro para Curitiba, onde o time enfrentará o Coritiba neste domingo, às 16 horas (de Brasília), pela nona rodada do Campeonato Brasileiro.
Já no segundo tempo, aos seis minutos, a equipe da Tríplice Coroa ampliou os marcadores, com Paulo Miranda mandando a bola por cima de Paulo César. Aos 24 minutos, o cantor Samuel Rosa – que entrou no time de 2003 na segunda etapa – cavou um pênalti e, na cobrança, Carlos Alberto Seixas diminuiu. Marcelo Ramos também fez o seu, aos 36, recebendo o recuo de Marcinho na área adversária. O último fez o gol seguinte, após um passe de Sandro na pequena área. Por fim, foi de Sandro o gol final no Mineirão.
Alex teve duas passagens pelo Cruzeiro. A primeira delas foi turbulenta, entre agosto e dezembro de 2001, sem bom aproveitamento do jogador. Dispensado por telefone, o meia só retornou ao clube em setembro de 2002, após ser bancado pelo técnico Vanderlei Luxemburgo, que havia dito à diretoria celeste que pagaria o salário do atleta caso ele não tivesse bons resultados em campo. Com a camisa 10, marcou 39 vezes no ano de 2003, atuando na conquista do Campeonato Mineiro, da Copa do Brasil e do Campeonato Brasileiro. Em sua despedida, deixou a marca dos pés no Hall da Fama do Mineirão.
Confira todos os atletas que atuaram na despedida de Alex no Mineirão:
Tríplice Coroa: Gomes; Maurinho, Cris, Marcelo Batatais e Leandro; Augusto Recife, Maldonado, Zinho, Alex; Marcelo Ramos e Aristizábal. Entraram: Deivid, Thiago Gosling, Artur, Rui Cabeção, Irineu, Sandro, Jardel, Marcinho, Paulo Miranda e Alex Alves.
Técnico:Vanderlei Luxemburgo/PC Gusmão.
Ídolos Eternos: Rodrigo Posso; Evanílson, Caçapa, Clebão e Elivélton; Ricardinho, Tinga, Da Silva e Cleisson; Fábio Júnior e Alex Mineiro. Entraram: Paulo Cesar Borges, Balu, Wilson Gotardo, Adílson Batista, Sorín, Boiadeiro, Mário Tilico, Célio Lúcio, Reginaldo, Marcos Paulo, Roberto Gaúcho, Mário Tilico, Paulinho Mc Laren, Carlos Alberto Seixas, Douglas, Paulão, Samuel Rosa, Kanu, Daniel, Douglas, Carlinhos Sabiá, Robson, Gomes, Natal e Marcelo Djean.
Técnico: Procópio Cardoso.
