Vítor Pereira comemora resultado, mas critica atuação do Corinthians: "Não fizemos o jogo que eu esperava" - Gazeta Esportiva
Vítor Pereira comemora resultado, mas critica atuação do Corinthians: "Não fizemos o jogo que eu esperava"

Vítor Pereira comemora resultado, mas critica atuação do Corinthians: "Não fizemos o jogo que eu esperava"

Gazeta Esportiva

Por Marina Bufon

28/09/2022 às 21:53 • Atualizado: 29/09/2022 às 11:18

São Paulo, SP

Vítor Pereira não gostou da atuação do Corinthians na vitória por 2 a 1 em cima do Atlético-GO na noite desta quarta-feira, na Neo Química Arena. Ele comemorou o resultado, mas não deixou de pontuar o que poderia ter sido diferente, ainda mais após dez dias divididos em descanso e treino.



"Não fizemos um jogo que eu esperava, esperava um jogo mais forte, mais consistente do ponto de vista defensivo, sempre muito afastados um dos outros, sem capacidade de pressionar. O Atlético-GO também estava com uma estrutura diferente, não esperávamos, facilmente jogavam na largura, tiravam cruzamentos, variavam corredores e isso nos criou dificuldades. Não é fácil jogar, quanto mais se anda no Brasileirão, mesmo quem está lutando contra o rebaixamento, e eles criaram muitas dificuldades", iniciou o treinador em coletiva de imprensa após o triunfo.

"Ofensivamente, também não foi fluida, algumas vezes tivemos, mas não foi constante. Foi um resultado arrancado na raça, no espírito, na vontade de vencer. Criamos situações de gol, eles também, por isso reconheço que foi melhor o resultado que a exibição", complementou.

VP também comentou da necessidade de gerir o elenco para os próximos compromissos até a final da Copa do Brasil, que será disputada nos dias 12 e 19 de outubro contra o Flamengo.

"Se eu mantiver a equipe que, teoricamente, é titular, eles vão chegar mortos ao jogo contra o Flamengo, portanto, vou tentar fazer uma gestão que não seja radical, que nos permita ser competitiva, mas que não seja perigosa. Não há milagres aqui, o campo pesado, choveu, dois jogos… Se eu não tiver cuidado, vou ter lesões e sobrecarga que, depois, vai se refletir no jogo. As pessoas têm que perceber que a gestão é obrigatória", finalizou.

O Corinthians terá pouco tempo para trabalhar. Já neste sábado, às 21h (de Brasília), recebe o Cuiabá, na Neo Química Arena, pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro.




Veja abaixo outros trechos da coletiva do treinador:

Dupla de zaga

“Não tem nada a ver com a dupla de zaga, tem a ver com a equipe no seu todo. Fomos um pouco surpreendidos com o sistema dos adversários, porque nunca tinham jogado assim. Mas foi como equipe que estivemos afastados. Se nós fôssemos mais pressionantes, eles já não conseguem jogar, variar o jogo, criar se somos mais agressivos. Houve momentos que conseguimos ser, ratificamos alguns posicionamentos, e também ter um pouco mais de paciência contra essas equipes que se defendem com linha de cinco. Essa falta de paciência originou muitas perdas de bola, com contra-ataques perigosos. Não foi a dupla de zaga, mas a equipe como um todo”.

Avaliação após dez dias de trabalho

“Trabalhamos muito bem, num bloco compacto, pressionante, circulação por dentro e por fora, trabalhamos muito bem e eu estava, sinceramente, à espera de um jogo de maior qualidade. Mas o adversário também teve mérito nas dificuldades que nos criou”.

O que mudar para os próximos jogos

“Sermos mais consistentes, agressivos, circular com mais paciência, mais consistente, mais coletiva nos momentos do pressionar, ganhar as bolas e não perder imediatamente, ficar mais com a bola, variar mais os corredores, esse tipo de coisa, o que dá qualidade de jogo e hoje não fomos capazes”.

Gols desperdiçados

“Criamos algumas oportunidades de gol que tem que se fazer, mas eles também criaram oportunidades de gol. Um jogo que é consistente é quem cria oportunidade e não deixa o adversário criarem, por isso estou um pouco insatisfeito com o jogo de hoje. Essa tomada de decisão que precisa ser ajustada, quando é para nós e quando é para outro (chegar e fazer o gol). Mas entendo que, quando o jogador tem o gol na frente, quer finalizar. Prefiro quem finaliza do quem quem não finaliza”.
Bolas alçadas na área

“Estou admirado, não tinha noção que tínhamos lançado tantas bolas na frente. Defensivamente, fiquei com a sensação de que sempre ficávamos atrasados, fiquei chateado. Faltou-nos essa agressividade defensiva, mais compactos, a perceber os momentos de pressão, têm que ser coletivos, não individuais. Não sossegamos o jogo, não estabilizamos o jogo ofensivo para pensar o jogo com mais clareza. Perdemos, ganhamos, perdemos, ganhamos bola… E raramente conseguimos ser agressivos nos tempos de bola”.

Substituições indicam mudanças para as finais?

“Quando chegar a essa altura, os jogadores que sentir que estão melhores, vão jogar. Eu não posso ter uma previsão já se vou jogar com A ou B, tenho que perceber quem está mais forte e quem precisamos para esse tipo de jogo”.

Atmosfera Corinthians

“Por todos os lados que passei, nunca senti uma ligação tão forte de uma torcida com o clube. O que eu sinto é que o corintiano é apaixonado pelo clube. Nas ruas, encontro pessoas e falamos sobre isso, o clube está à frente da mulher, da família, de todo mundo. Foi fantástica a final do jogo feminino, foi a primeira vez que vi um jogo do futebol feminino. Estou com gripe, vim mal-agasalhado para o jogo, mas valeu a pena, foi muito bom o jogo. Dos miúdos também gostei, e a torcida sempre responde da mesma forma, de forma espetacular, não tenho palavras. Hoje, bom resultado, três pontos, contra um adversário que nos criou problemas, agora é corrigir o que precisamos para chegar fortes no próximo jogo. É para isso que estamos nos preparando”.

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