A audiência de custódia acontecerá nesta quarta-feira, no Fórum da Barra Funda. O Juiz determinará se Sebastian Avellino continuará preso preventivamente ou se poderá responder em liberdade. O caso está sendo acompanhado por Armando Monteagudo, cônsul do Peru em São Paulo, a pedido do Universitário.
Na visão do clube, a condução da polícia brasileira não foi adequada, já que teria ignorado a versão de Sebastian, que alega ter sido ofendido e sofrido cusparadas dos torcedores presentes no setor Oeste da Arena.
"Sebastian Avellino foi tratado como criminoso no Brasil, passando a noite em uma cadeia, o que consideramos inadmissível, degradante e ultrajante", disse o clube em nota.
"Durante toda a partida, um grupo de torcedores da equipe local insultou e cuspiu em nossos jogadores e corpo técnico. Essas mesmas pessoas que cometeram impropérios, ao final do jogo, acusaram de forma efusiva nosso preparador físico de atos discriminatórios", continuou.
A versão de Sebastian contrasta com a de um torcedor escutado pela reportagem da Gazeta Esportiva. Christian Lombarde, empresário de 49 anos, alega que "ninguém cuspiu, falou nada, foi super sadia a interação durante o jogo".
O Universitario reforçou que está dando o suporte possível ao preparador físico e que repudia qualquer ato discriminatório.
O jogo de volta entre as equipes está programado para acontecer no dia 18, em Lima. O Timão venceu a ida por 1 a 0, com gol de Felipe Augusto, no segundo tempo.
Veja a nota completa do Universitario:
"Durante as últimas horas, a honra de um profissional do nosso clube foi manchada. Sebastian Avellino foi tratado como delinquente no Brasil, passando a noite em uma cadeia, o que consideramos inadmissível, degradante e ultrajante.
Durante toda a partida, um grupo de torcedores da equipe local insultou e cuspiu em nossos jogadores e corpo técnico. Essas mesmas pessoas que cometeram impropérios, ao final do jogo, acusaram de forma efusiva nosso preparador físico de atos discriminatórios.
Essa acusação distorcida e subjetiva foi avaliada como correta pelas autoridades brasileiras, sem direito de réplica, e ordenaram sua prisão e transferência a uma delegacia em São Paulo.
Como instituição esportiva, atuamos de imediato em relação à situação que consideramos um atropelo. O profissional conta com o suporte do consulado do Peru no Brasil e com os serviços de um advogado no Brasil. Representantes do clube também se encontram no país.
O Universitario repudia esse tipo de atitude das autoridades brasileiras, que pretendem sem prova alguma prender alguém de forma arbitrária
Reafirmamos nossa posição de repúdio a qualquer ato ou forma de descriminação. Nossos trabalhadores e colaboradores cumprem integralmente com esta política do clube."