Tite apareceu para conceder entrevista coletiva na sala de imprensa do estádio de Itaquera logo depois de Guto Ferreira, neste sábado. Sentou-se no mesmo lugar onde o seu colega da Ponte Preta, pouco antes, havia extravasado a revolta com a arbitragem do primeiro duelo das quartas de final do Campeonato Paulista, vencido por 1 a 0 pelo Corinthians. “Peguei a cadeira quente do Guto”, sorriu o técnico corintiano, antes de trocar de lugar.
Quando começou o seu pronunciamento, Tite foi frio como o assento que escolheu. O comandante do Corinthians evitou como pôde aumentar a repercussão em torno do gol que Renato Cajá marcou no final do primeiro tempo e a arbitragem anulou, alegando impedimento.
“Não vou responder sobre uma observação do Guto. Fica constrangedor. Não é legal”, afirmou Tite, que elogiou bastante a postura tática adotada pelo treinador adversário. Bastou o assunto mudar para os protestos do atacante Biro Biro, no entanto, para ele repetir, sisudo: “De novo, não vou responder”.
Tite ao menos considerou a arbitragem sob o comando de Flávio Rodrigues de Souza despreparada para administrar uma partida decisiva do Estadual. “Em jogos assim, os profissionais precisam ter padrão altíssimo. Os melhores e mais experientes devem ser escalados. É algo lógico”, bradou.
A crítica do técnico do Corinthians, no entanto, não foi apenas em defesa da Ponte Preta. “Houve um lance para eles que não era escanteio. E uma bola parada define jogo. A Ponte Preta marca 30% dos seus gols assim”, contestou Tite, antes de recuperar o seu sorriso para falar sobre a classificação para as semifinais do Campeonato Paulista.
