Técnico pede calma, mas diz que Timão perdeu para si mesmo
Por Tomás Rosolino
25/01/2016 às 14:40
São Paulo, SP
O técnico Osmar Loss chegou à terceira final consecutiva de Copa São Paulo de Futebol Júnior, mas não conseguiu comemorar o sonhado bicampeonato da competição. Diferentemente de 2014, porém, quando saiu derrotado pelo Santos e exaltou a garra dos atletas, o treinador reconheceu que o Corinthians acabou perdendo para si mesmo contra o Flamengo, na manhã desta segunda, no estádio do Pacaembu.
"O sentimento de uma derrota, quando tivemos duas vezes bem clara a chance de ganhar, é doloroso demais. Começamos na frente, tivemos vantagem nos pênaltis. Não se pode tirar o mérito do adversário, mas, quando perdemos para nós mesmos, essas são as derrotas mais dolorosas", analisou o comandante, justificando a diferença das derrotas de 2014 e 2016.
"A equipe do Santos era bastante superior a nossa, tecnicamente falando. Bastante mesmo. Mas, ainda assim, a gente teve o jogo controlado. Tomamos dois gols em erros individuais de saída de bola, mas conseguimos controlar o adversário. Amassamos o segundo tempo, fomos para cima. Essa equipe vinha melhor preparada emocionalmente do que aquela", afirmou.
Naquela ocasião, o Timão levou 2 a 0 em menos de 20 minutos de bola rolando. Depois, com o apoio da torcida, que lotava o mesmo Pacaembu, conseguiu fazer um gol com o então adolescente Malcom, de 16 anos, mas parou aí a reação. Já desta vez, foi o Alvinegro que saiu na frente e o Rubro-Negro buscou a reação, tanto no tempo normal, de 2 a 0 para 2 a 2, quanto nos pênaltis, com Kleber parando no goleiro e Matheus Pereira compensando ao dar uma cavadinha.
Para Loss, os seus jogadores já sabiam o que deveriam fazer no começo da etapa final, principalmente pelo ímpeto que o Flamengo iria impor. Mesmo com o aviso para acalmar o ritmo da equipe e tentar passar os 15 primeiros minutos sem gol, os paulistas viram a vantagem ser liquidada na metade desse tempo.
"Os primeiros dez minutos de uma equipe que está ganhando por 2 a 0 são cruciais. A equipe rival, quando vai para o intervalo, se renova, você tem que controlar o jogo por cinco, dez minutos, porque aí arrefece o ânimo para o padrão normal. A gente tinha essa lição. Infelizmente, são seres humanos. São condutas que o jogo vai aprendendo e ensinando eles", encerrou Loss.