Sheik evita provocações, mas fala o que pensa sobre polêmicas - Gazeta Esportiva
Sheik evita provocações, mas fala o que pensa sobre polêmicas

Sheik evita provocações, mas fala o que pensa sobre polêmicas

Gazeta Esportiva

Por Tiago Salazar

02/03/2018 às 19:36 • Atualizado: 02/03/2018 às 19:39

São Paulo, SP

Aos 39 anos, Emerson Sheik está mudado. Se antes o anúncio de que o atacante daria entrevista coletiva no Corinthians já gerava ansiedade pelas provocações e brincadeiras que estariam por vir, agora o veterano prefere evitar se meter em polêmicas e pregar todo respeito possível a companheiros e adversários a cada indagação. Nessa sexta-feira, Sheik colheu as palavras que entendia como corretas para cada pergunta, muitas vezes se utilizando de alguns segundos para refletir antes de abrir a boca.

A mudança de comportamento chamou atenção dos jornalistas presentes na sala de imprensa do CT Joaquim Grava. Ao menos o jogador não deixou de ser sincero na hora de opinar diante de temas que costumam causar mais polêmica, como por exemplo quando foi lhe pedido para apontar o Santos, rival desse domingo, na escala de clássicos e rivalidade com o Corinthians.

“Isso é uma pergunta polêmica”, brincou, causando risadas e ganhando tempo para pensar. “É um clássico. Deixa eu tentar ser inteligente”, continuou, entre o bom humor e a preocupação com as próprias palavras. “Acho que a rivalidade nos últimos anos contra Palmeiras e São Paulo é um pouco mais forte. Contra o Santos, não tanto, mas isso não tira a grandeza do Santos e tampouco a importância do jogo. Essa rivalidade ficou maior por parte de Palmeiras e São Paulo. O Santos ficou um pouco mais para traz”, concluiu.



Ao avaliar a preparação das equipes, os favoritos ao título e até a irregularidade de alguns, Emerson Sheik deixou claro o que pensa do Campeonato Paulista, e fez coro aqueles que minimizam a relevância do Estadual nos dias de hoje.

“Eu vejo o Campeonato Paulista como preparação para o Brasileiro. Falando do Corinthians, tivemos pouco tempo de pré-temporada, preparação curta, o regional acaba sendo um esquenta para o Brasileiro, onde as equipes tentam se encontrar, não só taticamente, como fisicamente”, afirmou, com uma sinceridade ponderada.

“Isso não tira a grandeza do Paulista e de outro regional. Eu não acompanhando muito os outros Estaduais, vejo o pessoal falando do Palmeiras, que investiu mais, o São Paulo tentando se organizar, o Corinthians tentando se organizar, o Santos talvez um pouco mais à frente dos outros por estar com um grupo mais tempo junto, enfim, um Paulista se encontrando e, talvez mais para frente, nas finais, tenhamos jogos mais emocionantes”.




O já desgastado tema sobre torcida única nos clássicos paulistas também não passou batido. Nesse domingo, a partir das 17 horas, no Pacaembu, o Corinthians será visitante diante do Santos e terá de encarar um estádio apenas com torcedores rivais. No Derby contra o Palmeiras, domingo passado, em Itaquera, Sheik viveu a situação inversa.

“Eu sou um dos que pensam como os atletas mais antigos. (Torcida única) perde a magia. Não pode e o futebol brasileiro perdeu um pouco a magia, as brincadeiras entre atletas, de apostas, zoeiras. Eu gosto das brincadeiras, das provocações, acho que essa é a grande magia do nosso futebol, e talvez por isso seja nossa paixão. É triste, extremamente triste de jogar com uma única torcida, mesmo sendo a nossa torcida. Você acaba tirando o direito de todos acompanharem um evento grandioso como o futebol. Por outro lado, tem a segurança pública. Mas, uma vez que eu pago todos os impostos, eu entendo que tenho de ir em todo lugar e ter essa segurança. Para mim é triste não ter torcida (visitante) no clássico”, opinou.

 

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