Renato Augusto se colocou à disposição para ser centroavante após Guedes revelar incômodo - Gazeta Esportiva
Renato Augusto se colocou à disposição para ser centroavante após Guedes revelar incômodo

Renato Augusto se colocou à disposição para ser centroavante após Guedes revelar incômodo

Gazeta Esportiva

Por Tiago Salazar

12/11/2021 às 15:33 • Atualizado: 12/11/2021 às 16:17

São Paulo, SP

Renato Augusto concedeu entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira, no CT Joaquim Grava, e, obviamente, foi abordado sobre o fato de estar sendo escalado como centroavante nos últimos jogos do Corinthians.



O camisa 8 falou sobre sua versatilidade, preferências em campo, mas também revelou que se colocou à disposição de Sylvinho para exercer a função depois de Róger Guedes revelar incômodo por atuar na referência.

"É uma função que pra mim não é nenhuma novidade, fiz isso muitas vezes na China, muitas vezes aqui no Corinthians, até numa pré-Libertadores, quando o Paolo foi expulso, eu tive de jogar de 9 e acabei sendo importante de nove, não é uma função que me incomoda. Eu me coloquei à disposição, porque quem estava jogando era do Guedes, ele estava incomodado, ele não estava se sentindo bem de 9".

"Contra o Inter, a gente acabou fazendo uma troca e conseguiu uma virada, contra um adversário fortíssimo, na cassa do adversário, e eu estava de 9. Naquele momento, encaixou. Claro que eu sei que não é a função que eu posso render mais, mas chega um momento que você tem que abrir mão para ajudar o grupo, então, eu me coloquei à disposição, porque é uma posição que eu faço, não vejo problema tão grande quanto a isso, claro que quando a vitória não vem, as críticas aparecem. Mas, o importante é que estamos conseguindo evoluir. Quando cheguei aqui, me chamavam de louco, porque eu estava num time que ia brigar para não cair, hoje estamos brigando pelo G4. Sinal que o trabalho está sendo bem feito".

Em mais de uma resposta, Renato Augusto falou sobre a dificuldade do Timão em ter de encontrar a melhor formação em meio à disputa do Campeonato Brasileiro. As últimas vitórias, porém, vieram com gols nos segundos tempos, após algumas trocas. Entre elas, o deslocamento de Renato Augusto para o meio. Questionado sobre essa "coincidência", o jogador de 33 anos preferiu não entrar no mérito.



"Acho que tem vários fatores. Vou usar os dois últimos jogos em casa como exemplo, acho que tiveram alguns fatores, não só a questão de eu voltar para a minha posição, o Jô foi importante nos dois gols, mas também o apoio que a torcida deu nos dois jogos foi incrível, mesmo com dificuldade, coisa que a gente não está vendo em outros times, mas seria muito cruel a gente falar que é um ponto. Existe um conjunto de coisas, Sylvinho acertou em algumas substituições, acho que a gente não pode ficar apontando, é buscar melhorar, com o apoio do torcedor, quando estiver em casa, é extremamente importante. Acho que nesses dois jogos o apoio do torcedor foi até mais importante do que eu voltar para a minha posição".



Veja outros trechos da entrevista coletiva de Renato Augusto:


O que precisa para melhorar
"O que estamos tendo buscar é entrosamento, e buscar entrosamento dentro do Brasileiro é complicado, mas acho que estamos evoluindo, crescendo, conquistando pontos importantes, por isso estamos na parte de cima da tabela".

Demonstração de irritação em campo
"Muito difícil encaixar uma equipe no meio de uma competição tão difícil como é o Brasileiro. De repente, você tem de fazer testes, encaixar a equipe, contra São Paulo, Flamengo, Atlético, você pega equipes prontas. Mesmo assim, a gente subiu na tabela, está brigando na parte de cima. Temos pontos a melhorar e temos pontos positivos, não podemos esquecer disso. Quanto a estar irritado, eu quero ganhar sempre, chega um momento do jogo, as coisas não acontecem e você vai buscar. Tem de ter maturidade, tranquilidade, usar isso como aprendizado para crescer no campeonato".

Limite para ajudar em outra função
"Você tem que pensar jogo a jogo. Não existe um limite. Claro que a função que eu mais gosto, que é a minha, é vindo de traz, jogando de 8, ou de 10, mas já fiz várias vezes. Não é uma coisa que me incomoda. Claro que de 9 você toca menos na bola, quando está de ponta você cruza mais. É se adaptar ao que o clube está precisando. Mas, o mais importante não sou eu. É o clube, a instituição. É um momento de tentar encaixar, não é fácil, mal tem tempo para treinar. É difícil. Mas, a gente não pode criar problema em qualquer situação, tentar melhorar sem botar ninguém para baixo.".

Pressão sobre Sylvinho antes do jogo
"O mais importante é acreditar no que a comissão passa, e isso tem acontecido, talvez por isso a gente tem subido tanto na tabela. Cabe a ele decidir, e onde ele precisar, eu na minha posição, mais à frente, de ponta, de primeiro volante, às vezes dá certo. No jogo contra o Inter acabou dando certo, isso não impede de eu fazer a função novamente. O mais importante são os jogadores acreditarem na comissão e o apoio do torcedor".

Condição física
"Não é fácil ficar muito tempo jogar, sem treinar, voltar ao Brasileiro, essa camisa pesada, uam responsabilidade grande. Te confesso que tive uma surpresa agradável, porque não achei que eu pudesse corresponder tão rápido, pouco tempo para chegar, jogar e ter sequência. Quero estar melhorando sempre, vou melhorar, mas acredito que hoje eu esteja, fisicamente, 7, 6, mas me sinto bem, estou correspondendo, correndo ao máximo, me doando ao máximo. Foi uma grata surpresa essa sequência de jogos".

Bem em casa e mal fora
"Principalmente agora, devido a volta da torcida, é um a mais, quem vem jogar aqui sabe disso, sabe da pressão que é. A gente vai precisar do torcedor, a gente sabe que o torcedor vai fazer a diferença. É difícil também chegar no Mineirão, com aquela festa, contra uma equipe pronta, então, tem coisas positivas e negativas. Temos de buscar vitórias em casa e fora o máximo de pontos possível. Mas, em casa, com os 11 jogando, mais os cinco que podem entrar, mais a torcida, é a nossa diferença para conseguir a vaga".

Proximidade com duelo contra o Flamengo
"A gente pensa muito jogo a jogo, não dá tempo de pensar num jogo que vem depois, porque a gente daria um passo maior que a perna. Hoje, nossa cabeça está voltada para o jogo de amanhã, que vai ser muito difícil, uma equipe que não jogou durante a semana, mais um ponto de dificuldade no jogo. E contra o Flamengo, vamos pensar a partir de domingo. É um grande time, tem um elenco forte, está tendo dificuldade, assim como a maioria dos times por causa da quantidade de jogos. Então, vamos tentar fazer um grande jogo contra o Cuiabá, para depois fazer outro no Maracanã".

 

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