Segundo os advogados Daniel e André Bialski, que acompanharão Rafael, o auditor do caso, que foi nomeado relator, determinou que os dois envolvidos prestem depoimento. Portanto, depois do português, Edenílson também fará o mesmo, mas na próxima segunda-feira.
Depois desses trâmites, é esperada a solução do inquérito policial para verificar se o expediente vai se tornar um processo ou não. A expectativa da defesa de Rafael Ramos é que o inquérito caminhe para o arquivamento, "já que ele não proferiu a injúria racial".
O Internacional recebeu o Corinthians no dia 14 de maio, no Beira-Rio, em partida válida pela sexta rodada do Brasileirão. Na ocasião, durante uma disputa de bola, Edenilson alegou ter ouvido a palavra "macaco" proferida pelo atleta português do Corinthians.
O meia colorado abriu um boletim de ocorrência relatando o fato, e Rafael acabou preso em flagrante pela Polícia dentro do estádio pelo crime de injúria racial. O clube paulista pagou a fiança de R$ 10 mil e ele foi solto para responder em liberdade. Confira o posicionamento do Corinthians.
Rafael Ramos falou que tudo não passou de um mal-entendido e foi até o vestiário do Internacional para falar com Edenilson. O meia, por outro lado, reafirmou, mais tarde, que ouviu a palavra macaco. O Corinthians ainda contratou uma perícia, que confirmou que ele não cometeu o crime - é importante lembrar, porém, que o laudo que será utilizado pela Polícia Civil não será o mesmo.
Rafael Ramos voltou a atuar após o episódio no último domingo, no empate por 1 a 1 contra o América-MG. Ele foi titular e jogou os 90 minutos.