Love fica "boladão" com presença de políticos e Clayson pede respeito a espaço - Gazeta Esportiva
Love fica "boladão" com presença de políticos e Clayson pede respeito a espaço

Love fica "boladão" com presença de políticos e Clayson pede respeito a espaço

Gazeta Esportiva

Por Tomás Rosolino, Lorenzo Meyer* e Guilherme Medeiros*

22/04/2019 às 17:10 • Atualizado: 22/04/2019 às 17:42

São Paulo, SP




Alguns jogadores do Corinthians não gostaram de ver políticos comemorando o título do Campeonato Paulista ao lado do elenco, no último domingo, na Arena. Estiveram presentes o senador Major Olímpio (PSL-SP) e o deputado estadual Cauê Macris (PSDB-SP), este último responsável por erguer a taça ao lado do goleiro Cássio, em momento que causou grande incômodo no atacante Vagner Love.

"Quem era esse figura aí?", questionou Love, sentado ao lado dos jornalistas enquanto Cássio ouvia uma pergunta sobre o assunto. O arqueiro reconheceu ser pouco usual o que fez Macris, sem estender a polêmica. "Só vi que tinha uma pessoa puxando a taça, e eu puxava para erguer e tinha uma pessoa. Eu não sabia (quem era). Geralmente eles me dão a taça e eu ergo. Vi depois que era um político, li em algum site. O que interessa é que o Corinthians foi campeão", disse, de forma mais amena que o atacante



"Eu fico boladão, velho. Fico bolado com essa parada aí. Quem tem que estar ali é a gente, os amigos, família, os companheiros que ralam no dia a dia", observou o autor do gol do título, relativizando um pouco o fato na sequência. "Não sei quem é, mas tenho certeza de que o cara é corintiano, torceu e ficou feliz pelo título, isso também é importante", continuou.

O lateral direito Fagner não mostrou grande preocupação com o tema, ainda que a resposta tenha sido "atrapalhada" por uma intervenção de Love. Clayson, por sua vez, pediu que os políticos respeitassem o espaço de comemoração daqueles que ganharam o título no campo.

"É mais espaço do jogador. A gente não vai lá no espaço deles, então, é um momento nosso", avaliou o atacante, sem entrar no mérito de quais eram as pessoas citadas ou do alinhamento de ideias políticas com quem marcou presença no gramado da Arena.

Entenda o caso

Vestindo uma camisa da Seleção Brasileira, que tinha detalhes em verde, Olímpio estava no palanque montado pela Federação Paulista para a entrega das premiações em conjunto com cartolas da entidades. Terminado o recebimento das medalhas pelos campeões, o Major Olímpio pegou uma peça, colocou no peito e até posou para fotos, uma delas no momento em que Cássio levantava a taça da competição.

Após deixar o palanque, o senador seguiu com a medalha e foi tietado por policiais militares presentes ao redor do gramado da Arena e torcedores que estavam na setor oeste do estádio. A festividade deste domingo, no entanto, não foi o único evento relacionado ao futebol que Major Olímpio participou nos últimos meses. Em dezembro do último ano, ele compareceu na celebração do título do Campeonato Brasileiro pelo Palmeiras, no Allianz Parque, junto do presidente Jair Bolsonaro, seu companheiro de PSL.

Quando era deputado federal, em 2015, Major Olímpio foi autor do Projeto de Lei que visava extinguir as torcidas organizadas. Agora, eleito senador, ele prometeu que seguirá lutando pelo fim das uniformizadas.

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