Elenco do Casuals prova churrasco e caipirinha em segunda noite - Gazeta Esportiva
Elenco do Casuals prova churrasco e caipirinha em segunda noite

Elenco do Casuals prova churrasco e caipirinha em segunda noite

Gazeta Esportiva

Por Helder Júnior

20/01/2015 às 01:07

São Paulo, SP


Com uma série de compromissos a cumprir na semana que disputará um amistoso festivo com o Corinthians, o elenco do Corinthian-Casuals demonstrou uma pontualidade brasileira em um jantar oferecido pelo Consulado Britânico em São Paulo, na noite desta segunda-feira. Até os primeiros diretores do clube amador inglês se surpreenderam quando chegaram à churrascaria, quase uma hora após o combinado. “Cadê o meu time?”, sorriu um deles, exibindo a sua gravata nas cores marrom e rosa (a exótica tonalidade da equipe).


Estavam todos presos no trânsito de São Paulo, como verdadeiros brasileiros. Pouco antes de subir no ônibus com destino ao restaurante, o elenco havia recepcionado centenas de torcedores do Corinthians que compraram uniformes do Casuals via internet. Assim como no desembarque da equipe, na noite de domingo, houve muita festa, cantoria, pedidos de autógrafos e poses para fotografias com os jogadores nesse encontro.


Já acostumados com a fama repentina que adquiriram em São Paulo – são anônimos em Londres –, os ingleses não fizeram cerimônia quando enfim apareceram para jantar. Interagiram com o cônsul Richard Turner, trocaram palavras amigáveis com os demais convidados, exibiram com orgulho uma flâmula do Corinthian-Casuals e sentaram-se para cumprir mais um passo da adaptação ao Brasil – comer churrasco.

Danny (o primeiro no alto) não se mostrou um bom bebador; o cônsul esbanjou simpatia com os visitantes; e Jamie decorou que
Danny (o primeiro no alto) não se mostrou um bom bebador; o cônsul esbanjou simpatia com os visitantes; e Jamie decorou que "aqui tem um bando de loucos" - Credito: Helder Júnior/Gazeta Press
“Isso aqui é fantástico! Restaurante agradável, boa comida...”, sorriu o atacante Jamie Byatt, um dos destaques da equipe que inspirou a fundação do Corinthians brasileiro, em 1910. “Gostei do frango, da costela. Mas estava tudo muito bom, viu?”, acrescentou o artilheiro. Para o goleiro Danny Bracken, a melhor iguaria da noite foi a paleta de cordeiro. Nenhum deles deu muita importância às carnes de porco, conforme notou um senhor palmeirense.


As bebidas também dividiram a delegação, que podia ingerir álcool sem peso na consciência depois de um treinamento no CT Joaquim Grava sob sol intenso. Uma parte preferiu vinho. Outra, cerveja. E quase todos quiseram provar alguns goles de caipirinha, o mais famoso drink nacional. “Não é mau, sabia?”, palpitou Jamie. Mais tímido, Danny torceu o nariz: “Experimentei um copo, mas não sou um bom bebedor”.


Seja como for, todos eram bons corintianos. Apelidado de “Julio Cesar” pelos torcedores brasileiros (por ser careca como o atual goleiro do Náutico), Jamie Byatt foi até desafiado a cantar que ali havia um bando de loucos. E levou a sério o pedido. Pegou um papel com a letra da música traduzida para o inglês e começou a estudar ao lado de seus companheiros. “O problema é que soa melhor em português”, lamentou, antes de se esforçar para usar o idioma local para berrar que era “louco por ti, Corinthians” e bradar “vamos, vamos, meu Timão, não para de lutar”.


O restaurante silenciou para ouvir a exibição de Jamie e seus amigos, com direito a bis. Ao final da gritaria, sobraram aplausos entusiasmados de todo o Corinthian-Casuals e da comitiva do Consulado Britânico. Uma festa que só justificava a expectativa pela chegada da delegação inglesa para aquele jantar nesta segunda noite da excursão pelo Brasil. Já sem hora para acabar.

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