Duílio evita falar em reforços, promete equalizar contas e mira levar Corinthians ao Mundial - Gazeta Esportiva
Duílio evita falar em reforços, promete equalizar contas e mira levar Corinthians ao Mundial

Duílio evita falar em reforços, promete equalizar contas e mira levar Corinthians ao Mundial

Gazeta Esportiva

Por Tiago Salazar

04/01/2021 às 19:06

São Paulo, SP

Duílio Monteiro Alves vestiu blaizer nesta segunda-feira e concedeu uma longa entrevista coletiva mais polida do que de costume. Entre certo nervosismo e convicção nas palavras, ele falou pela primeira vez como presidente do Corinthians.

Ao lado dos vices Elie Werdo e Luiz Wagner Alcântara, Duílio, antes de atender aos jornalistas, fez questão de exaltar seu momento e, principalmente, o espaço que passou a ocupar.

"Hoje, a gente assume como segundo maior clube das Américas, o maior da América Latina, com quase 40 milhões de torcedores, um clube gigantesco, uma responsabilidade gigantesca. Tenho total dimensão do que significa isso, de representar o Corinthians, esse clube gigantesco, um dos maiores do mundo, e sei muito bem o trabalho que vamos ter, mas a satisfação também com tudo que vamos realizar".

De cara, o sucessor de Andrés Sanchez confirmou nomes já aguardados para compor seu grupo gestor até o fim de 2023, como Roberto de Andrade para a diretoria de futebol, Alessandro Nunes para a gerência de futebol, Wesley Melo para o departamento financeiro, Herói Vicente para o setor jurídico, Além de José Colagrossi Neto, que já havia sido confirmado como superintendente de marketing, comunicação e inovação.

"Também quero agradecer, agora como corintiano, não como amigo, o Andrés Sanchez, por tudo que foi feito, pela estrutura, é um cara que admiro, meu grande amigo, um irmão para mim, que agora parte para outra etapa, cuidar de seus negócios, mas com esse exemplo de vitória que ele nos deixou".

Contas
As dívidas do clube, talvez o principal tema no período eleitoral devido ao aumento substancial nos últimos anos, foram abordadas mais de uma vez durante a entrevista, e receberam respostas diretas.

"A gente tem de se preocupar muito com os compromissos que o Corinthians tem a cumprir, já estamos fazendo alongamento de compromissos, jogando o que é de curto prazo mais para frente. Uma gestão com pouco investimento imediato. Vamos trabalhar em duas frentes: reduzir despesas e conseguir novas receitas".

Time
Nesta linha, reforços para o time profissional não são prioridades neste momento, e sim a manutenção de um elenco que tem jogadores como Jemerson, Otero e Cazares com contratos a vencer no meio do ano.

A contratação de Dentinho, por exemplo, não foi descartada, mas também não foi vislumbrada.

"Não tive nenhuma conversa com ele. O próximo campeonato que o clube poderá fazer inscrições é o Paulista, não é o momento de tratar de contratações. Não existiu nenhuma conversa, e isso tudo vai depender de números, do treinador... Esse nome realmente não foi falado dentro do clube, mesmo porque a gente vem numa fase importante no Brasileiro".

Gestão e objetivo
Duílio avisou que ainda não fechou todo seu corpo diretivo. Antecipou, porém, que seu pai, Adílson Monteiro Alves, diretor de futebol na época do movimento "Democracia Corinthiana", estará por perto.
Ele também falou sobre a intenção em conseguir antecipar todo o dinheiro da venda de Pedrinho, da necessidade em dar espaço a notáveis oposicionistas e não se intimidou em traças objetivos grandiosos.

"O Corinthians é o último brasileiro e o maior campeão de Mundiais de Clube. Temos que chegar de novo lá, sim. O presidente do Corinthians tem que pensar grande, mas para chegar lá temos que passar por etapas, tratar bem da parte financeira e administrativa. Fazer toda essa reformulação para chegar lá. O Corinthians tem tudo para chegar lá de novo, ser campeão da Libertadores, do Mundial. Em 2012, chegamos com jogadores que tinham potencial, mas não eram realidade, e chegamos no topo do mundo. Vamos buscar isso de novo, mas pensando nessa transformação".



Veja a entrevista coletiva de Duílio, na íntegra:


Roberto e Alessandro
"Trabalhamos juntos muito tempo, tive o prazer de trabalhar com os dois. Alessandro como jogador e dirigente. Na saída do Edu Gaspar, ficamos no mesmo nível, ganhamos tudo que foi possível. A escolha se justifica por aí. Além de ser uma pessoa incrível, excelente profissional, é um cara vencedor, por todo lado temos fotos do Alessandro uma das maiores conquistas da história do Corinthians. Com relação ao Roberto, não é diferente, tudo que ele ganhou pelo Corinthians. Se afastou, mas achei importante ter uma figura de um ex-presidente e uma pessoa que foi vitoriosa. Temos de entender que a partir de hoje o Corinthians tem de ser um só".

Contas e Reforços
"A gente tem de se preocupar muito com os compromissos que o Corinthians tem a cumprir, já estamos fazendo alongamento de compromissos, jogando o que é de curto prazo mais para frente. Uma gestão com pouco investimento imediato. Vamos trabalhar em duas frentes: reduzir despesas e conseguir novas receitas. Já estamos trabalhando, temos boas novidades pela frente, mas sempre com responsabilidade. O Corinthians não vai gastar mais do que arrecada, vai ser transparente em relação a finanças. Já ganhamos muitos campeonatos com times não tão caros e não ganhamos com times de estrelas. O Corinthians tem seu DNA, que é de não desistir nunca, a raça, isso é uma exigência. Vamos continuar brigando por títulos, sem fazer loucuras e prensando muito em trazer novas receitas para sempre ter o time forte".

Acordos da Arena
"Existe um acordo praticamente fechado, está entre os jurídicos, não é uma coisa simples, envolve valores altos, não é um contrato simples de ser feito. Não quero dar um prazo, mas podem ter certeza que assim que tiver um novo passo, vocês serão informados".

Quem vai estar à frente sobre Arena
"Sim, o presidente, numa questão desse tamanho, tem de estar ligado, junto a departamento jurídico, financeiro. Estarei à frente com essa retaguarda".

Situação de Mancini
"Vagner Mancini é o treinador do Corinthians para o ano, vem fazendo um bom trabalho, a gente está muito satisfeito, os resultados começaram a aparecer, o time começou a apresentar um bom futebol e vamos com Vagner Mancini até o fim do ano, por enquanto. Espero que ele permanece por mais tempo. A gente tem como cultura, e o Roberto e o Alessandro também, por manutenção no trabalho. A gente vê um caminho muito bom pela frente".

Primeiros 100 dias
"Quando eu falei em reformulação, eu falo de modo geral, não especificamente de futebol. Do clube social, diretoria, dando oportunidade a todos que querem ajudar o clube. Quando falo em reformulação, falo mais em termos administrativos. A gente tem um campeonato esse ano, que é um ano diferente, antes a gente iniciava um planejamento em outubro. Esse ano é diferente, o Paulista inicia em 28 de fevereiro, temos dois meses para o próximo campeonato. Em termos de reformulação, isso não está previsto. Em relação aos 100 dias, a gente tem de trabalhar muito em cima dos compromissos, das contas a curto prazo e médio prazo, e muito para trazer novas receitas".

Aproximação da oposição
"O Herói Vicente é um corintiano que quer ajudar o Corinthians. Não existe corrente, oposição. Somos todos corintianos. Todos serão muito bem-vindos. Hoje, anuncio o Herói Vicente, que vinha de outra corrente, mas que pode ajudar o clube. Temos de esquecer isso. É união para que a gente possa transformar o clube. Isso é o começo, a chegada do Herói, independente de quem ele apoiou na eleição".

Plano para pagar dívida
"Existe, sim, metas pré-estabelecidas. Prefiro que diretores passem as metas e objetivos, e temos também metas de aumento de receitas, que são bem possíveis e a gente já vem trabalhando nisso".

Dentinho
"Um time caro, como coloquei aqui agora, não é uma receita de sucesso. A gente teve a chegada de jogadores agora, que chegaram sem custos, e nos ajudam muito, casos de Cazares, Otero, Fábio Santos. Em relação ao Dentinho, por enquanto, existe só o que saiu na imprensa, não tive nenhuma conversa com ele. O próximo campeonato que o clube poderá fazer inscrições é o Paulista, não é o momento de tratar de contratações. Não existiu nenhuma conversa, e isso tudo vai depender de números, do treinador, esse nome realmente não foi falado dentro do clube, mesmo porque a gente vem numa fase importante no Brasileiro".

Encaixar contratações
"É um ano muito diferente. Muita coisa a gente vai aprender no dia-a-dia. É um momento que o clube não viveu ainda, temos de passar por isso. Vamos trabalhar em cima disso, mas, como eu disse, a gente vem formando o time, um grupo, com a chegada do Mancini começamos a ter um futebol mais vistoso, produtivo, com mais vitórias, com chance de Libertadores. Vou trocar o pneu com o carro andando, faz parte, temos tempo para fazer um planejamento e comece, mesmo sem uma pré-temporada, a ver como vai ser o grupo para a próxima temporada".

Lado pessoal da posse
"Para mim, como eu disse, além de uma responsabilidade gigantesca, é um prazer enorme. Fui criado dentro do Corinthians. Nasci dia 15 de março de 75 e ganhei um título de sócio antes de ser registrado. É um sonho da minha família, não só meu, isso me traz uma responsabilidade imensa para fazer o Corinthians cada vez maior".

Outros diretores não anunciados
"É simples. Não existe nenhuma pressão desse tamanho. Lógico que temos muitas pessoas com condições de ajudar o clube, mas não significa que seja necessário ter um cargo para ajudar o Corinthians. Estaremos sempre abertos a novas ideias. As outras diretorias estão sendo conversadas, por isso uma demora um pouco maior, por estar simplesmente estudando os cargos, ver o perfil do diretor, o que precisa ser alterado. Por isso, antes de sair anunciado, teremos muitas conversas para ajudar o Corinthians a ser cada vez maior".

Papel do pai
"Já falei algumas vezes do carinho que eu tenho, da pessoa incrível que ele é, do motivo de eu estar aqui é uma herança do meu avó e meu pai. Ele entra nesse perfil, de poder ajudar, ele estará inserido. Vamos divulgar como ele vai me ajudar. Nesse caso, ele é meu pai, tem um conhecimento incrível. Ele vai ter uma participação, sim"

Dinheiro de Pedrinho
"Entrou uma parte ano passado, pagamos algumas contas, e o restante, não. Vamos tentar fazer com que isso aconteça o mais rápido possível, mas, mesmo sem isso, temos pago alguns compromissos, como Bruno Méndez, Cantillo, e vamos renegociar outros, alongar prazos, e esperamos que nos próximos dias dar entrada na outra parte do dinheiro".

39 contratações em 3 anos como diretor
"Foram contratados muitos jogadores que era promessas, de clubes pequenos do interior, alguns com alguma idade, mas que não eram consagrados. Não existe um número certo, mágico. Depende de lesões. Fomos criticados que não tínhamos zagueiros, contratamos zagueiros, que estão rendendo, depende do dia-a-dia. Vamos fazer uma gestão mais pé no chão e só com necessidades vamos trazer jogadores, mas lógico que oportunidades. Desses 39 atletas, muitos eram criticados e hoje já mostraram que não são ruins dessa forma e estão conseguindo mostrar. Futebol precisa de tempo, temos de ter paciência e, infelizmente, no Brasil o cara faz um dois jogos e já está descartado. Existe uma adaptação, modelo de jogo, da cidade, tem muitos aspectos extra-campo que também influenciam".

Situações de Otero, Cazares e Fábio Santos
"Quando eles chegaram foi a condição de eles virem, para nós, na época, em termos financeiros foi muito boa. Alguns deles até diminuíram o valor do salário que ganhavam, com vontade de vir para o Corinthians. Temos ainda algum tempo, mas temos que começar a conversar, sim. Isso vai ficar no comando do futebol, com o Roberto e o Alessandro, mas cada situação é uma situação. Vamos conversar, mas na hora certa. Assim que tivermos certeza que é importante para o clube que esses jogadores permaneçam, vamos fazer de tudo para que eles continuem."

Renovações são prioridade
"A gente pretende manter a base do time, mas agora com o treinador participando do planejamento. Manter a base e reforçar com reforços pontuais, sem fazer loucuras, com oportunidades que aparecem. Primeiro é a manutenção do elenco com as peças que o Mancini pedir, depois pensar no grupo para o próximo ano. Mas como coloquei, não é momento de grandes contratações, temos que ter responsabilidade financeira. Mas como eu digo, nosso time e nosso elenco não é ruim. Infelizmente não vivíamos um bom momento em campo, mas com o passar do tempo, com o Mancini, o time começou a se ajeitar e mostra que vai brigar lá em cima, como sempre fez nos últimos anos."

Colagrossi acima de cargos estatutários
"Em primeiro lugar, muitos da oposição falavam que iriam profissionalizar o Corinthians, mas eu sempre discordei. O Corinthians tinha profissionais em todas as áreas do clube, no financeiro, no martketing, no futebol, na base, então cabia a nós discutir a qualidade deles. O que foi feito? O José Colagrossi, como todos conhecem o currículo, é um cara que pode nos ajudar muito, traz muita inovação. O Corinthians é o mesmo, não há espaço para um diretor estatutário querer atrapalhar o Corinthians. Todos que vão participar da nossa diretoria vão remar para o mesmo lado, a favor do Corinthians. Esse é o compromisso e exigência que tenho na gestão. O que mais foi nos pedido foi de trazer pessoas e profissionais que possam ajudar o Corinthians em todas as áreas. E é isso que vamos fazer."

Uso da base
"A gente tem nos últimos anos um aproveitamento maior dos atletas formados em casa ajudando no profissional. Guilherme Arana, Carlos que foi para a Itália, Piton, Gabriel Pereira, Ruan Oliveira que teve uma lesão, Mantuan, Xavier que está conosco, o Roni, temos muitos jogadores formados na nossa base que estão com a gente. A nossa meta é ter um departamento profissional de base mais integrado. A gente já vem pensando em novos profissionais para termos essa integração entre os profissionais. Até pelo espaço físico, os dois CT's um do lado do outro, vamos conseguir aproveitar mais a base. Esse vai ser um dos grandes pilares da nossa gestão."

Compliance e chegada de Herói Vicente
"Não trato o Herói Vicente como oposição. Trato como oposição da gestão anterior. Primeiro ponto é esse. Não existe nada disso. A partir do momento que a votação se encerrou, se iniciou uma nova gestão e temos de pensar em eleição só daqui dois anos e meio. O compliance é uma parte, se fala muito, é uma palavra bonita, mas faz parte de todo um modelo. Seria um campeonato de todo o contrato, os passos dele, o controle para uma futura ação trabalhista, um controle dos processos, como o contrato é feito, quem está sendo parceiro, tudo em sistema, isso é o compliance, um controle muito específico, para que o torcedor possa entender. Trata-se de uma gestão muito transparente, bem profissional. Isso vai ser feito. Como coloquei na campanha, também traremos uma empresa de consultoria, uma das maiores do mundo nessa área, ainda não posso revelar, para ajudar na gestão".

Base
"Características de atletas. É difícil. Se puxar na memória, no início de 2018, não tínhamos centroavante de área. Sofremos para achar a reposição do Jô. Vai muito do momento. Devemos nos próximos anos nos deparar com muitos de jogadores de área por ter existido essa falta lá atrás. Em relação aos de beirada, é a mesma coisa. Depende das formações, conceitos de jogo. Isso vai muito de momento e dos atletas que você tem na base. A gente vem olhando isso não é de hoje. Alguns jogadores subiram para atuar nessas posição, estamos de olho nisso, nosso Sub-20 passou para a semifinal, temos de estar sempre conversando com base, estaremos atento a isso e essa integração vai funcionar daqui para frente. Faltam alguns detalhes, alojamento, mas o Andrés entrou tudo para que já exista os treinamentos no CT".

Libertadores
"Nosso objetivo é esse, todos trabalham para isso. A gente enxerga que existem condições de chegarmos na Libertadores. Mas não, pensando especificamente em um campeonato, não. Temos que fortalecer o Corinthians de uma forma geral, pensar no hoje e no futuro também. Não é com a classificação para um campeonato que vamos fazer loucuras".

Sub-23
"Não é o Duílio, é um estudo de futebol, o período de maturação dos atletas, na maioria, é até os 23 anos. Muitas vezes perdemos jogadores que estouram a idade no Sub-20, mas que ainda não estão prontos para o profissional. Aí depois vemos jogadores que saíram daqui que, na época não estavam prontos, mas que estourou com 24 ou 25 anos. Existem exemplos aqui no Corinthians e em outros clubes. Mas isso muda muito, existem jogadores que fazem uma grande base, mas não viram realidade. Então entendo e vamos continuar com o Sub-23, mas vamos mudar muita coisa. Vamos fazer uma nova diretoria da base como um todo, para termos o sub-20 e o sub-23 como porta de entrada para o profissional. Temos o exemplo do Roni, que veio treinar com o sub-23 e acabou ficando. Vamos manter, mas organizar e fazer um time forte".

Outros esportes e feminino
"O nosso futebol feminino é um exemplo para o Brasil e para o mundo. A gente vem entregando tudo que tem de melhor para nossas atletas. Também a nossa diretora Cris, que deixo aqui meus parabéns. Já renovamos contratos de algumas atletas, teremos manutenção da maioria das nossas guerreiras. Esse ano com duas Libertadores e outros campeonatos estaremos brigando como o Corinthians. Tivemos reduções de valores, temos que reduzir nossos gastos um pouco para equalizar os compromissos com as receitas. Mas vamos trabalhar firme para novas receitas. Vamos trabalhar para trazer receitas para futsal, basquete, para termos condições de transformar o nosso clube com fluxo positivos, nos amadores, profissionais e olímpicos".

Ausência de mulheres na gestão
"As mulheres na minha gestão terão participação importante. Criamos um movimento "Juntas pelo Corinthians". Foi criado um protocolo de sugestões, não achei a palavra certa, mas construímos com elas propostas para o novo estatuto, que precisamos atualizar o mais rápido possível, muita coisa ultrapassada. Elas participaram com a gente, e isso está tudo documentado, desde mudança do estatuto para melhorias no clube, futebol, base. Uma participação efetiva das mulheres, não só um departamento feminino e só. Elas vão ter espaço sim, em breve verão a participação dela, como tem a Cris dando show no futebol feminino".

Legado que quer deixar
"Competente, participativa e, principalmente, transparente. Hoje o Corinthians tem todas as estruturas físicas necessárias para ser tornar um dos maiores do mundo. Hoje somos o segundo maior das Américas. O que o Corinthians precisa hoje é uma gestão transparente, que mude e transforme essa parte administrativa. O legado que quero deixar é modificar essa administração para algo moderno e transparente."

Time do presidente
"O presidente Duilio quer ver um time guerreiro, que soe sangue, que dê a vida em campo, o resto depende do treinador, do momento e do elenco. Eu espero que eles deem a vida em campo, serão cobrados pela entrega, mas fora disso depende de muitos aspectos. O principal é isso, um time com a cara do Corinthians".

Receita da TV para 2021
"Sim, o Corinthians não antecipou. Sobre a Arena a gente vem trabalhando com o jurídico sobre o contrato com a Caixa. Assim que tivermos público teremos novas receitas. Fora isso é trazer novas receitas, como coloquei. O José Colagrossi é um dos motivos, a especialidade dele é essa, parte da inovação, receitas por aplicativos, redes sociais, desse mundo digital, muitas novidades que vamos trazer para o corintiano. Em relação a televisão, não antecipamos. O que a gente quer é ter um fluxo de caixa positivo, para termos um dia a dia mais tranquilo".

Objetivos grandes
"O Corinthians é o último e o maior campeão de Mundiais de Clube. Temos que chegar de novo lá, sim. O presidente do Corinthians tem que pensar grande, mas para chegar lá temos que passar por etapas, tratar bem da parte financeira e administrativa. Fazer toda essa reformulação para chegar lá, Corinthians tem tudo para chegar lá de novo, ser campeão da Libertadores, do Mundial. Em 2012 chegamos com jogadores que tinham potencial, mas não eram realidade, e chegamos no topo do mundo. Vamos buscar isso de novo, mas pensando nessa transformação, aí naturalmente a consequência virá".

Futuro da família
"Meu filho está comigo hoje, virou sócio no dia que nasceu, no ano 2000. Seguiu essa escrita da família, mas isso depende dele. Quanto a ser corintiano, é como todos, louco, fanático como todos são. Eu cheguei onde eu busquei. Quero ser um excelente presidente, deixar um legado e ser lembrado pela administração, pela transformação do clube, que é o que o Corinthians mais precisa agora. Me dedicar só ao Corinthians nesses três anos, e depois cuidar da minha esposa, dos meus filhos, porque o futebol nos afasta de casa. É uma rotina muito dura. Então quero fazer meu papel, me entregar ao máximo, e daqui três anos enxergar um bom trabalho e ir para casa."

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