Corinthians sofre para manter tradição e emplacar dupla de volantes - Gazeta Esportiva
Corinthians sofre para manter tradição e emplacar dupla de volantes

Corinthians sofre para manter tradição e emplacar dupla de volantes

Gazeta Esportiva

Por Tiago Salazar

04/10/2019 às 05:00

São Paulo, SP

Há mais de uma década o Corinthians implementou uma maneira de jogar que ressalta consideravelmente os papéis dos volantes. Dessa forma, o clube tem acumulado títulos e feito com que jogadores subam de patamar na carreira.

Ter uma dupla de volantes como pilar da equipe já é tradição. Mas, o histórico recente tem apresentado uma certa dificuldade dos corintianos em manter essa sina.

No último jogo, Ralf e Urso formaram a dupla de volantes titular do Corinthians (Foto: © Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians)


Atualmente, o primeiro homem de meio-campo não é o grande problema. Tanto Ralf como Gabriel têm cuidado bem do setor que já chegou a ser ocupado por Richard. Está difícil mesmo é o segundo homem da região do campo emplacar de vez.

A temporada começou com Ramiro por ali. Não deu certo. Júnior Urso, logo após ser contratado, assumiu o posto, foi bem, mas caiu de rendimento nesse segundo semestre. Então, Ramiro voltou a ganhar oportunidade, assim como Matheus Jesus, o último a chagar.

A dificuldade tem sido tão grande que até Sornoza, meia de origem, já foi testado em uma função mais recuada para tentar dar mais qualidade à saída de bola do Corinthians.

Números dos testados como 2º volante em 2019:
Júnior Urso: 42 jogos / 5 gols
Ramiro: 33 jogos / 0 gol
Matheus Jesus: 11 jogos / 0 gol
Richard: 17 jogos / 0 gol
Sornoza: 43 jogos / 1 gol




O baque
A tradição começou a degringolar depois da venda de Maycon ao Shaktar Donetsk, no meio do ano passado. Douglas foi a primeira aposta. Thiaguinho foi testado. Ângelo Araos também recebeu oportunidade vindo de trás. Os três, porém, estão fora do clube nesse momento.

Não é de hoje
Em épocas espaçadas, o Corinthians colecionou grandes duplas de volantes. Para muitos, Vampeta e Rincón foi a melhor de todas, por exemplo. Mas foi em 2008 que o time engatou uma sequência invejável.

Início de uma Era
Cristian e Elias conquistaram o Campeonato Brasileiro da Série B (2008), Paulistão e Copa do Brasil (2009) juntos. Em seguida, Jucilei assumiu o posto de Cristian e rapidamente chegou a Seleção Brasileira.

Depois vieram, Ralf e Paulinho. Com eles, o Timão conquistou o Campeonato Brasileiro (2011), Libertadores e Mundial de Clubes (2012), além do Campeonato Paulista de 2013.



Ambos também vestiram a camisa amarelinha. E com ida de Paulinho ao Tottenham, Guilherme virou titular e conquistou a Recopa Sul-Americana ao lado de Ralf.

Além de Guilherme, o Timão teve Bruno Henrique e Petros em 2014, até o retorno de Elias para reeditar a parceria com Ralf e levar o Brasileirão de 2015.

Em 2017, na primeira experiência de Fábio Carille como técnico, Gabriel assumiu a cabeça da área e Maycon deixou de ser promessa. Apesar da oscilação no segundo semestre, o que acarretou em oportunidades a Camacho e Felipe Bastos, foi assim que de novo os corintianos levaram o Brasileirão.

No ano seguinte, o Corinthians teve Ralf e Maycon em campo no jogo que definiu o título Paulista em cima do Palmeiras em pleno Allianz Parque. Maycon, aliás, foi responsável pela batida de pênalti que garantiu a taça ao alvinegro.

 

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