Corinthians lança time próprio de futebol feminino e quer Itaquera - Gazeta Esportiva
Corinthians lança time próprio de futebol feminino e quer Itaquera

Corinthians lança time próprio de futebol feminino e quer Itaquera

Gazeta Esportiva

Por Tomás Rosolino

21/02/2018 às 17:56

São Paulo, SP



O Corinthians lançou nesta quarta-feira o seu time de futebol feminino próprio, dessa vez sem parceria com o Osasco Audax. Incentivador da modalidade há dois anos, o clube cumpre agora uma obrigatoriedade da Conmebol para a disputa da Copa Libertadores da América, mas sonha grande com as garotas. A ideia é que as 24 atletas que integram o elenco tenham a chance de atuar até no estádio de Itaquera durante essa temporada.

"Então, a princípio o mando será na Fazendinha mesmo, um local mais apropriado. Mas, dependendo de uma agenda e de um planejamento, seria tudo de bom jogar na arena", explicou a vice-presidente do clube, Edna Murad, que acompanhava os jogos da equipe no ano passado e tomou a liderança na apresentação do grupo de jogadores ao lado do diretor de futebol, Duílio Monteiro Alves, e do técnico Arthur Elias.

"Mas precisamos de mais visibilidade, aumentar os patrocinadores. Se nós olharmos aqui, nós temos a maioria dos repórteres homens também na mídia, então isso também se reflete em outras áreas do esporte. Para as atletas e tudo mais, isso precisa mudar porque as mulheres são protagonistas, têm qualidade, são guerreiras. Quando quer, vai para cima, bate o pé e quer ganhar. Quem sabe a gente não consiga lotar a arena em breve", continuou Murad.

Um dos que mais falaram na apresentação da equipe, o treinador explicou que também deseja ver suas comandadas atuando no gramado de Itaquera. Ressaltou, porém, que o estádio do Parque São Jorge atende as demandas necessárias da equipe, que treina utilizando a estrutura do CT das categorias de base do clube, vizinho ao CT Joaquim Grava.




"Gostaríamos, sim, até porque na arena é a melhor condição para se jogar futebol. Mas a gente entende que não necessariamente vai se abrir uma casa desse tamanho, desse custo, em todos os jogos. Se a gente fizer um jogo decisivo, nos interessa. Seria um gancho maior", observou, antes de elogiar também a Fazendinha.

"Campo está em excelente estado, mas é um estádio pequeno, mais acanhado, cabe todo público que vai, mesmo se você for contar as finais. Poderíamos ter a oportunidade de lotar o Parque São Jorge. Estaríamos muito felizes se conseguíssemos jogar lá", comentou Elias.

Escolhida como uma das líderes do elenco, a zagueira Alina Calandrini, ex-Santos, também deu voz ao discurso de visibilidade da modalidade. Avaliando como um avanço a entrada formal do Timão na categoria, ela, ao lado da meia Grazi, projetou um futuro melhor para as praticantes do futebol feminino.

"A mídia só dá espaço na Copa ou na Olimpíada, todas nós sabemos. Ganhamos a Libertadores e foi um barulho muito alto, espero que isso não seja apenas em finais. Seria sensacional se a cada rodada do Brasileiro saísse o resultado do feminino na televisão. 30 segundos, rápido. A mídia poderia alavancar o futebol feminino também", concluiu.

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