Formado no Terrão e último reforço a ser contratado, Willian ficou com a camisa 10, a mesma que ele ostentou antes de se transferir ao futebol europeu, em 2007.
Na Inglaterra, Willian vestiu a 12 no Arsenal, seu último clube, e fez história com a 22, no Chelsea. Antes dele, Cazares foi quem usou a tradicional "camisa de craque" pelo Timão. O equatoriano deixou a equipe em abril.
Ao subir no palco durante a Live oficial do Corinthians, Willian recebeu a camisa 10 das mãos do diretor de futebol Roberto de Andrade e falou sobre seu retorno ao clube que o revelou.
"Rapaz, uma mistura de sentimentos aqui. Estou muito feliz com esse momento, de voltar ao clube onde eu passei muitos anos, onde fui revelado, tenho muitos amigos, família toda corintiana, realmente é um motivo de muito orgulho voltar pra casa, sentir o carinho de todos, quero agradecer ao presidente e a diretoria que fizeram esse esforço para eu estar aqui, de volta, torcedores, tantas mensagens de carinho e apoio, e estou muito feliz. Uma pessoa que poderia estar aqui, que sonhava com esse momento, com a minha volta, um dia jogar no Corinthians, infelizmente, não está entre nós, mas sei que ela está muito feliz, quero agradecer minha esposa, filha, família, enfim, é um motivo de muito orgulho, não vejo a hora de poder jogar e ter o torcedor ao nosso lado".
"Expectativa é grande de poder começar a jogar, começar a treinar. Claro que a gente vai precisar de um tempo para ganhar entrosamento, e tenho certeza que as coisas vão ficar mais fáceis dentro de campo. Espero que a gente possa o mais rápido possível começar a jogar e dar alegria ao corintiano".
"Minha família sabe o quanto foi difícil tomar essa decisão, como vai ficar a situação, alguns clubes tentaram atravessar, mas eu falei: 'não, é para o Corinthians que eu vou".
Ao receber duas perguntas enviadas por torcedores, primeiro Willian escolheu "raça" com a palavra que simboliza o Corinthians, e depois falou sobre ter chegado ao Chelsea logo após os ingleses perderem a final do Mundial de Clubes para os paulistas.
"Quando eu cheguei no Chelesa, a gente comentava algumas coisa, falei 'vocês perderam para o meu time lá no Brasil', mas não podia ficar zoando muito, eu tinha acabado de chegar", brincou.
"É um prazer ter você aqui de volta, lugar que você treinou muito, a base era aqui onde é o estádio hoje, e agradecer pelo esforço que você fez. Muito obrigado, bem-vindo", completou o presidente Duilio Monteiro Alves.
Roger Guedes surpreende
Roger Guedes fez sucesso com a camisa 23 por onde passou: Palmeiras, Atlético-MG e Shandong Luneng. Mas, essa tem dono no Timão, e não é qualquer um: Fagner é quem usa o número preferido do atacante.
Por isso, o jogador de 24 anos inovou com a camisa 123. Com isso, a camisa 9, que está vaga desde a saída de Vagner Love, em junho de 2020, seguirá sem dono.
"Sempre usei a 23, que é o dia que meu filho nasceu. Como é o Fagner aqui, um cara que tem uma história muito grande, quero criar a minha própria história, é um número diferente, e com ele quero entrar para a história com a camisa do Corinthians", explicou o atacante.
Duilio aproveitou para brincar sobre a dificuldade em contratar o Roger Guedes.
"Três anos e meio atrás desse homem. Deu trabalho, mas está aqui e vai fazer sucesso com a nossa camisa", comentou o presidente alvinegro, bem-humorado, antes de completar. "Roger também fez um esforço, teve propostas de clubes no Brasil e no mundo, quero agradecer a confiança. Deu trabalho, mas ele está aqui".
Roger Guedes também admitiu a vontade de entrar em campo já contra o Juventude, na Neo Química Arena.
"Não vejo a hora de estrear, espero que seja terça. Vamos ver se o Sylvinho dá essa moral".
Ele, aliás, avisou que não deixará de comemorar gol em cima do Palmeiras, se tiver a oportunidade. Pelo arquirrival do Timão, Roger Guedes jogou duas temporadas e conquistou um título do Campeonato Brasileiro.
"Lógico. Respeito sempre vai ter, mas agora eu defendo as cores do Corinthians, tem de comemorar".
Para jogar na equipe do Parque São Jorge, Roger Guedes foi outro que dispensou propostas de outros clubes do Brasil e do mundo.
"Estou muito feliz, era um sonho, abri mão de muita coisa, mas em nome de um objetivo maior. Eu tinha o sonho de jogar no Corinthians já, o Duilio sabia disso, eu tinha a vontade, já tinha falado com a minha esposa, estou muito feliz, vou poder realizar isso agora".
"A gente sabe o calor e a pressão que o torcedor manda para dentro de campo, agora quero desfrutar em campo, meu primeiro gol como profissional, pelo Criciúma, foi aqui, não vejo a hora de acontecer logo".
"O torcedor pode esperar muita raça, é o que o Corinthians pede. Muitos falam que eu sou louco, então, não vejo a hora de estar dentro do hospício aqui".
"Os outros times vão ter de se cuidar um pouquinho".
Problema com a escolha
O número 123, escolhido por Roger Guedes, provavelmente, não poderá ser utilizado por ele quando o Corinthians disputar torneios da Conmebol, como a Copa Libertadores da América e a Copa Sul-Americana. A Conmebol costuma liberar a numeração máxima de acordo com o número de jogadores que podem ser inscritos. Jô, por exemplo, precisou trocar a 77 pela camisa 9 durante a Copa Sul-Americana desta temporada.
Dos reforços que chegaram antes de Willian e Roger Guedes, Giuliano assumiu a 11, que foi de Otero antes, e Renato Augusto voltou a deter a camisa 8, que já foi dele entre 2013 e 2015, e estava livre devido à saída de Ramiro. João Pedro será apresentado nessa quinta, quando terá seu número revelado.
