Casuals traça um gol como meta, mas se preocupa em evitar sete - Gazeta Esportiva
Casuals traça um gol como meta, mas se preocupa em evitar sete

Casuals traça um gol como meta, mas se preocupa em evitar sete

Gazeta Esportiva

Por Helder Júnior

21/01/2015 às 07:45

São Paulo, SP


Enquanto os jogadores do Corinthian-Casuals se comportam como turistas no Brasil, um dirigente da delegação britânica parece mais preocupado com o amistoso festivo de sábado, contra o Corinthians. Um dos objetivos do vice-presidente David Harrison é evitar a eternização de um novo 7 a 1, desta vez em Itaquera.


“Francamente, estou muito nervoso com a partida. Já enfrentamos o Corinthians duas vezes, em 1988 e em 2001, mas eram jogos contra veteranos. Agora é diferente. E você sabe que não estamos no mesmo nível”, disse David, carrancudo, diferentemente dos jogadores amadores de sua equipe. Todos que vieram passear no Brasil não recebem salários do Corinthian-Casuals – clube que inspirou a fundação do Corinthians, em 1910.


Ao ouvir “7 a 1”, o vice-presidente do clube britânico chegou a segurar a sua gravata marrom e rosa (as inusitadas cores do clube) com firmeza, porém esboçou um sorriso. “Espero que não seja assim no fim de semana. Espero”, repetiu, apesar de deixar claro que o objetivo é voltar do Brasil com ao menos um gol marcado. Em 1988, quando David sugeriu que Sócrates defendesse o Casuals por 15 minutos, o seu time foi derrotado só por 1 a 0. Em 2001, o marcador foi de 2 a 0 para uma equipe de juniores do Corinthians.

Com uma série de compromissos no Brasil, Corinthian-Casuals só fez um treino no CT Joaquim Grava
Com uma série de compromissos no Brasil, Corinthian-Casuals só fez um treino no CT Joaquim Grava - Credito: Divulgação
O placar de 7 a 1 é marcante para os torcedores corintianos por causa da imortal goleada aplicada sobre o Santos em 2005. E ainda mais para a Seleção Brasileira, que acabou eliminada dessa forma pela Alemanha na última Copa do Mundo disputada em casa.


Ainda assim, o Corinthian-Casuals também tem um membro que não se importa com um novo 7 a 1. “Pode ser esse placar no sábado, sim. Por que não? Não ligo. Desde que o Corinthians vença, está bom. Será um encontro ótimo para as nossas histórias”, discursou Chris Watney, diretor comercial e atacante do time inglês nas horas vagas. “Estou velho. Devo disputar a minha última partida em Itaquera”, brincou.


Chris não é o maior candidato a marcar o gol isolado do Corinthian-Casuals contra o Corinthians. A missão recai principalmente sobre Jamie Byatt, artilheiro da equipe. “Fazer um gol naquele estádio será a realização de um sonho. Na nossa casa, não temos tanta torcida. Aqui, serão milhares. Não posso esperar por esse dia tão especial nas nossas vidas”, disse o jogador.


Se Jamie estará empolgado com a oportunidade de comemorar um gol em um estádio lotado, um companheiro seu já começou a se preparar para evitar outros sete no lado defensivo. “Sei que terei bastante trabalho”, sorriu o goleiro Danny Bracken. “Mas não espero um 7 a 1. O gol e a bola são do mesmo tamanho em qualquer lugar. Se eu fizer o meu melhor e mantiver os pés no chão, sei que me sairei bem”, confiou.

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