“Queria agradecer a todos que estão aqui, por todo o respeito, carinho, pessoal das organizadas, crianças da nova geração. A Deus, à minha família, Duilio, todos os envolvidos em todas as homenagens, toda a torcida corintiana, que sempre é importante. Você nunca chega a nenhum lugar sozinho, tem tantas pessoas que eu gostaria de agradecer, me ajudaram em todos os momentos, então sou muito grato a tudo que tem acontecido e o mínimo é entrar dentro de campo e honrar essa camisa”, iniciou em coletiva especial.
No espaço destinado à imprensa, que estava lotada de profissionais, Cássio também teve a presença da esposa, Janara Sackl, representando a família, e membros das maiores torcidas organizadas do clube, representando toda a Fiel. Eles entregaram uma placa em homenagem conjunta ao camisa 12.
Antes, o presidente Duilio Monteiro Alves, ao lado do diretor de futebol Roberto de Andrade, agradeceu pelos quase 11 anos de clube e entregou uma peça em homenagem ao camisa 12, uma escultura com as mãos dele, douradas, dentro de um vidro.
Grande homenagem do clube e das torcidas organizadas aqui presentes.
Presidente Duilio visivelmente emocionado ao falar de Cássio, classificando-o como “maior jogador do Corinthians. pic.twitter.com/kk0H00TJrF
— Marina Bufon (@marina_bufon) July 29, 2022
Vale lembrar que o jogador que mais vezes entrou em campo pelo Corinthians foi Wladimir, 806 vezes, seguido por Luizinho, com 606 jogos - no próximo final de semana, se defender a meta alvinegra, Cássio chegará aos 604 jogos. Ele ainda não pensa em se aposentar, está vivendo "dia a dia", e falou brevemente sobre aposentadoria.
“Ainda não sei o que vou fazer quando parar de jogar futebol, claro que tenho que me preparar, mas isso é um processo. A gente tem uma rotina e aí acaba mudando isso, não pode se atrapalhar. Devo pensar no futuro sim, quero me dedicar no momento e depois pensar nisso. Vou pensando dia a dia”, finalizou.
O próximo compromisso do Corinthians será neste sábado, às 19h (de Brasília), diante do Botafogo, na Neo Química Arena, em jogo válido pela 20ª rodada do Campeonato Brasileiro.
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Músicas que escuta
"Eu escuto mais música gospel, no vestiário toca todo tipo de música. Escuto mais Rodolfo Abrantes, antigo vocalista do Raimundos".
Treinador no futuro
“Sobre poder ser treinador no futuro, pode ser que aconteça, mas, quando parar, tenho que ter um estudo, espero que tenha o privilégio de trabalhar com grandes treinadores, como já tive, inclusive na seleção. Jogador é uma coisa, precisaria fazer estágio. Na minha opinião, ser treinador tem que ter pessoas de confiança na comissão técnica, seria trabalhar assim, mas não sei honestamente, o foco primeiro é neste ano, no geral, é terminar a temporada bem, temos chances de títulos e conquistas, é focar nesta temporada e, depois, pensar no futuro”.
Dimensão de sua história no clube
“Eu não fico me apegando. Quem me passa esses dados são a assessoria do clube e quem trabalha comigo, não me apego, mas não é que não respeito, mas que preciso manter os pés no chão, me dedicar no dia a dia, no momento. Só terei essa dimensão quando parar de jogar mesmo, ver o que construiu e onde chegou. É muito louvável o que tem acontecido, mas vou vivendo passo a passo, por isso que acho que cheguei nessa marca de jogos”.
Derrota contra o Atlético-GO
“Tudo é aprendizado e crescimento, dá para tirar coisas boas. A gente sabe que o resultado não foi bom, é mata-mata, mas temos totais condições de reverter na nossa casa, estádio cheio, e a gente tem total condição. Lógico que é ruim sair perdendo de 2 a 0, respeito muito o Atlético-GO, mas temos condições”.
Atual temporada
“Sobre a temporada, o Corinthians vem bem, muitos não pensavam nisso. Está na briga do Brasileiro, duas quartas de final. É trabalhar jogo a jogo, pés no chão. Chegaram jogadores que vão agregar, meninos que também estão amadurecendo, como o Du (Queiroz). É o conjunto, está todo mundo junto”.
Cássio do passado
“Me lembro do tempo que eu era lavador de carro do meu tio e tinha que ajudar minha mãe nas despesas, passa um filme. Se alguém me perguntasse se eu não fosse jogador, não sei o que falar. Era meu maior sonho dar uma casa para minha mãe, me dediquei tanto, a gente passa por momentos bons e ruins. Sempre ter persistência, ter humildade, respeitar todo mundo, às vezes você quer ser exemplo, tem que ser um para dar exemplo para os outros. É um filme, mas um filme que eu sempre me dediquei, desde que cheguei, pensava que ia ter uma oportunidade e nunca mais ia sair. Trabalhei muito para isso. Nem toda crítica é ruim, tem críticas construtivas, não só como atleta, como ser humano. Vai ficar um legado bom, de lembranças boas, pessoas que não aparecem todo dia, são muito importantes, como familiares”.
Papel do ídolo
“O futebol está num momento que não pode ser bom dentro de campo, mas tenta ser o mais correto possível, ser exemplo fora de campo, com atitudes e ações, não só palavras. A gente vem numa geração que tem tanta coisa ruim lá fora. Às vezes, numa tensão, numa conversa, você pode mudar o rumo de uma pessoa. Tento ajudar, agregar, as pessoas, as crianças, tentar ser uma geração melhor. O primeiro passo é que tento ser um bom pai”.
Confronto contra o Flamengo
“Corinthians x Flamengo é um jogo diferente, fora os clássicos de São Paulo, é um dos maiores do país. São duas equipes qualificadas, é muito difícil. Tem que errar o mínimo possível, porque o erro pode ocasionar uma eliminação, tem que jogar, ter personalidade e ter ambição. Lógico que o Flamengo é uma grande equipe, mas somos o Corinthians. Creio que serão dois grandes jogos.
Projeção contra o Botafogo
“Fazer um grande jogo, ainda mais que estamos vindo de uma derrota. Na minha opinião, o Corinthians está entre os primeiros por causa da força em casa. Para continuar assim, tem que perder o mínimo de pontos em casa. Temos um elenco qualificado para fazermos um grande jogo. O foco total é contra o Botafogo e só depois pensar no Flamengo, pela Libertadores”.
Experiência
“Quando a gente fica mais experiente, tem mais sabedoria, mais evolução, tende a melhorar. É difícil falar, mas me sinto muito bem, fisicamente e tecnicamente, estou com a cabeça bem aberta, por mais que eu tenha 35 anos, tem que sempre ter a ambição de evoluir, isso vem com a experiência. Se você pegar no decorrer dos anos, conseguimos títulos em ano de Copa do Mundo, quando ninguém dava nada, ganhamos dois títulos. É cada ano. Eu me cuido para bater recordes, metas, ser melhor do que o ano anterior”.
Família
“A família sempre foi minha base, depois minha esposa, que me ajudou muito nesse sentido de evoluir, 2017 em diante. Acho que é importante, a gente acaba abrindo mão das coisas, por nunca estar em casa. Mas tem os dois lados, porque estou fazendo o que sempre sonhei. Tem a situação de estar longe da sua família, dos seus filhos, então a esposa acaba sendo mãe e pai. Mas é o que sonhei ser, há momentos que estou jogando. A gente se dá bem nisso, não adianta, qualquer outra carreira está perto da família e outros não. Com telefone, internet, a gente consegue estar mais perto”.
Relação com os goleiros mais novos
“Eu tento, a gente está com uma safra muito boa de jogadores. A gente está aqui para dar suporte, orientar, para não cometerem os mesmos erros, mas os responsáveis pelas carreiras são eles, se dedicar, ser melhor. A gente tenta sempre mostrar, ajudar. O (Carlos) Miguel chegou há pouco tempo, o Donelli chegou há mais tempo, mas é mais novo, tem 19 anos, foi criticado. Se formos pegar outros meninos, tenho certeza que é um menino que vai crescer muito. O Miguel fez um jogo muito bom contra o Atlético-MG, o Allan também chegou agora. O que eu puder ajudar, estou aqui sempre”.
Tom Brady (vídeo enviado)
“Eu nem sei o que falar, esse cara é um fenômeno. Eu gosto de futebol americano, quando estou em momentos de folga. Para quem conhece, é um dos maiores de todos os tempos. Vou dar minha camisa primeiro para quem conseguiu esse vídeo”.
Agradecimento à torcida
Sobre a Fiel, só tenho a agradecer, por tudo. A torcida é o maior patrimônio do Corinthians, que está lá junto sempre, só tenho a agradecer, sou muito grato por vestir essa camisa. Jogadores vão e voltam, mas a torcida sempre fica. Da minha parte, o mínimo que posso fazer é honrar essa camisa”.
