Pelos cálculos do técnico Fábio Carille, o Corinthians precisará melhorar bastante para se classificar à Copa Libertadores da América por intermédio do Campeonato Brasileiro, que agora premia até o sexto colocado com uma vaga no torneio continental. Atualmente na sétima posição, com 41 pontos, o dono da segunda pior campanha do returno deverá somar outros 18 em dez jogos para alcançar o objetivo, segundo o interino.
“Conversamos com o grupo e passamos para eles que, com 59 pontos, estaremos no G6. Pode ser que esse número aumente ou diminua, mas estamos trabalhando em cima disso hoje”, comentou Carille, nesta terça-feira, véspera da partida contra o Atlético-MG, em Itaquera.
Se for levada em consideração a queda de rendimento corintiana – foram seis derrotas e apenas duas vitórias e um empate no segundo turno –, a projeção da comissão técnica é bastante ousada. Carille sabe disso. “De 30 pontos, teremos que fazer 18, com um aproveitamento de cerca de 60%. São seis vitórias em dez jogos. Essa é a nossa campanha do primeiro turno. É claro que tínhamos um time um pouquinho mais formado, mas ainda podemos repetir”, confiou.
Quando tinha “um time um pouquinho mais formado”, o Corinthians ameaçou concorrer ao título nacional, que conquistou no ano passado. A piora acentuada, no entanto, deixou até o chamado G4 distante. Com a decisão da Conmebol de oferecer duas vagas extras aos clubes brasileiros na Libertadores, alguns jogadores já começaram a falar em obrigação de classificação.
“Por falarmos de Corinthians, é normal ser obrigação. A busca é sempre por isso. Agora, se vermos o outro lado, de tudo o que aconteceu neste ano, com mudança de elenco, torna-se um pouco mais difícil. Mas o grupo está encorpado, e a gente vai brigar por essa vaga, sim”, assegurou Carille.
Para transmitir confiança aos já desconfiados torcedores – Itaquera tem registrado os menores públicos de sua história recentemente –, o técnico se apega a uma suposta evolução do Corinthians. “O time vem suando bastante. Mesmo com as derrotas, fomos bem e poderíamos ter pontuado. Vamos trabalhar jogo a jogo agora. Estamos pensando no Atlético-MG. Depois, pensaremos no Santa Cruz, no América-MG... Não adianta querermos 48 pontos sem antes termos feito 44”, disse Fábio Carille, que quer 59 já tendo feito 41.
