Carille se iguala a Jair Ventura e tem sua pior defesa no Corinthians - Gazeta Esportiva
Carille se iguala a Jair Ventura e tem sua pior defesa no Corinthians

Carille se iguala a Jair Ventura e tem sua pior defesa no Corinthians

Gazeta Esportiva

Por Tiago Salazar

22/02/2019 às 08:00

São Paulo, SP

É sabido por todos o potencial de Fábio Carille para montar defesas sólidas em times de futebol. Quando auxiliar de técnico renomados, casos de Mano Menezes e Tite, era justamente Carille o responsável pelos treinos mais específicos do setor.

A qualidade deu a Fábio Carille condição de se tornar treinador com uma filosofia bem definida e eficaz, fundamentais para sua sobrevivência e crescimento dentro do concorrido mercado, apesar da falta de experiência.

Tudo isso foi comprovado, na prática, nas temporadas de 2017 e 2018. A desconfiança deu lugar a um reconhecimento que fez o Corinthians ir buscar o técnico na Arábia Saudita após apenas oito meses de sua saída.

O problema é que dessa vez, para a surpresa de muitos, Fábio Carille não está conseguindo tornar o Corinthians um time seguro e eficiente exatamente dentro de sua especialidade. A temporada de 2019 tem o pior início do comandante desde sua decisão de ingressar na carreira.

Fabio Carille bancou Henrique e Manoel no time (Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press)


Sua equipe já levou 13 gols em 11 jogos. No ano passado, o Timão havia levado cinco gols a menos no mesmo período. À época, foram necessários 19 jogos para a zaga ser vazada 13 vezes. O 13º gol aconteceu só no primeiro confronto da final do Campeonato Paulista.

Em 2017, ano de maior preocupação entre todos pelo fato de ali o auxiliar ser transformado em técnico, Fábio Carille fez com que o Corinthians amargasse o acumulado de 13 gols apenas depois de 21 partidas. Ao fim dos 11 primeiros desafios do ano, para traçar um paralelo com o momento atual, seu time havia sido vazado apenas cinco vezes.

A marca de 2019 é exatamente idêntica a de Jair Ventura, seu tão criticado antecessor. O Corinthians liderado pelo filho de Jairzinho, o Furacão da Copa de 70, também sofreu 13 gols em seus 11 compromissos iniciais.



Há cinco anos, ou seja, desde 2014, o Corinthians não convive com um começo de temporada tão incômodo para o setor defensivo. Mano Menezes, talvez maior responsável pela identidade criada e tão vitorioso do clube paulista, esteve à beira do campo quando o Timão levou nada menos do que 16 gols em 11 partidas. No oitavo confronto daquele ano, o alvinegro já tinha levado aos tais 13 gols.

Independente dos números, Fábio Carille já bancou sua dupla de zaga pelo menos em duas entrevistas coletivas. Henrique e Manoel sofrem com as críticas externas, mas, aparentemente, estão com crédito de sobra com o chefe.

Além deles, Carille tem a sua disposição Marllon, Léo Santos e Pedro Henrique. O jovem defensor uruguaio Bruno Méndez aguarda a documentação chegar para entrar nessa disputa.

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