Apesar do curto período no cargo, os números já mostram uma mudança brusca no comportamento da equipe corintiana. Separando os jogos do Campeonato Brasileiro, enquanto Tiago Nunes esteve no comando, o Timão distribuiu cerca de 517 passes por jogo, teve 54,6% de posse de bola e finalizou em média 12,5 vezes.
Os números de passe, posse e finalização baixaram durante o trabalho do interino Dyego Coelho, mas mudaram completamente com a chegada de Mancini. Sob o novo comando, o Timão distribuiu cerca de 318 passes por jogo, teve 38% de posse de bola e finalizou em média 14, 7 vezes.
A orientação é clara, pressionar o adversário e, ao recuperar a bola, criar caminhos rápidos até a área oposta, com poucos passes, sempre buscando definir.
“Não tenho dúvida que (o time) deve ter melhorado porque tivemos tempo para fazer coisas que a sequência de jogos não te permite. Quando você tem sete dias, dá para descansar o atleta e gerar ganho em algumas valências. Não estou dizendo que o Corinthians está mal fisicamente, houve uma mudança de metodologia, e os estímulos que eu peço dentro de campo são diferentes dos que eles faziam, isso gera uma desestabilidade física", explicou Mancini em entrevista coletiva na última terça-feira.
"Agora estão começando a entender uma nova forma de jogar. A partir do momento que rouba a bola, ter mais verticalidade, é o jeito que gosto. Preciso dar tempo para o jogador entender, e quando ele faz isso rapidamente ele vai cansar. Cai de produção no segundo tempo porque vinha fazendo uma coisa durante a temporada e agora tem que fazer outra. Mas esperamos melhorar isso”, completou.
Em busca de verticalidade e da vitória, o Corinthians volta a campo nesta quarta-feira para enfrentar o América-MG, às 21h30 (Brasília) na Neo Química Arena, pela ida das oitavas de final da Copa do Brasil.
