"Foi um lance polêmico, porque uns interpretam como bola na mão e outros como mão na bola. A mão na bola é quando a mão vai em direção à bola e corta o lance, ao contrário da situação que a bola vai em direção à mão e toca na mão do jogador. Aí é covardia marcar o pênalti, a não ser que o jogador esteja como goleiro, aumentando seu espaço de atuação", iniciou o ex-árbitro em entrevista ao programa Gazeta Esportiva, da TV Gazeta.
"Para mim, foi nitidamente um lance normal, um lance de susto, isto é, o jogador do Corinthians sai da bola, o jogador do Flamengo está atrás dele, uma posição normal do braço, não está com o braço nem aberto e nem para cima, e a bola toca na mão dele. Porém, concordo até com quem diz que foi pênalti, porque é um lance de interpretação. Vendo o jogo friamente, para mim não foi pênalti", complementou.
Ele ainda falou sobre a passagem de responsabilidade, no cenário atual, do árbitro de campo para o árbitro de vídeo.
“Quando criaram o VAR, falaram que esse assunto ia acabar, mas não acabou. No tempo que eu apitava, que tinha que decidir sozinho, tinha polêmica, mas não tanto quanto agora. Criaram uma expectativa que o VAR seria o salvador da pátria, mas, pelo contrário, é uma bengala, um apoio para transferir toda a responsabilidade ao VAR, tirando o corpo fora, isso está errado, porque quem é o dono da arbitragem é o árbitro”, finalizou.
Vítor Pereira, Duilio Monteiro Alves, Róger Guedes, Cássio e até mesmo o próprio Léo Pereira falaram sobre a mão na bola, mas o jogador do Fla desmentiu que teria dito que foi pênalti.
Corinthians e Flamengo empataram em 0 a 0 na Neo Química Arena e vão definir o grande campeão da Copa do Brasil de 2022 na próxima quarta-feira, no estádio do Maracanã, às 21h45 (de Brasília). Uma nova igualdade no placar levará a decisão para os pênaltis.