Andrés revela ameaças e defende boicote à Libertadores - Gazeta Esportiva
Andrés revela ameaças e defende boicote à Libertadores

Andrés revela ameaças e defende boicote à Libertadores

Gazeta Esportiva

Por Tiago Salazar

09/11/2018 às 09:56 • Atualizado: 09/11/2018 às 10:12

São Paulo, SP

Quando Andrés Sanchez reassumiu a presidência do Corinthians, o time era o atual campeão Brasileiro e Paulista. Apesar do clima favorável, a valorização do elenco acabou atraindo investidores e a torcida teve de presenciar mais um desmanche de um grupo vitorioso. Desde então, a insatisfação de boa parte da Fiel com o mandatário se tornou algo recorrente e público. Além dos protestos e das hostilidades, Andrés revelou que tem sofrido também com ameaças pessoais.

“Tem que ter um pouco de paciência. Os caras ameaçando nas redes sociais, no Whatsapp. Daqui a pouco ou se ganha ou vai embora. Não é assim. Quero ver quem ganhou mais que nós nos últimos anos. Não dá”, contou. “Hoje existe o torcedor de Facebook, redes sociais. É incontrolável”, insistiu, claramente preocupado.

Talvez por isso o presidente tenha preferido não estipular nenhuma prioridade para 2019. O planejamento jogo a jogo, tão usual entre técnicos e jogadores, se tornou discurso de Andrés, na linha do “campeonato a campeonato”.

“(A prioridade) vai ser o Paulista, o Brasileiro, a Copa do Brasil e Sul-americana”, resumiu. “Quando eu falei que a Copa do Brasil era prioridade, faltavam quatro jogos”, continuou, em explicação sobre sua recente declaração sobre o tema.

Andrés Sanchez tem sofrido pressão das organizadas do Corinthians (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)


Independente do presidente corintiano não ter se mostrado otimista quanto a possibilidade do Corinthians ficar com uma das vagas na próxima Copa Libertadores da América, o objetivo ainda é almejado pelos comandados de Jair Ventura, e sonhado por boa parte dos torcedores. Andrés, porém, tem uma posição peculiar e, de certa forma, radical quando o assunto é a principal competição do continente.

“Financeiramente, não (faz falta jogar a Libertadores). Qualquer campeonato de primeira linha é logico que é negativo (ficar de fora), não só pelo dinheiro, mas pela imagem, torcedor fica com a moral mais baixa. Mas, depois que nós ganhamos (em 2012), eu, particularmente, não tenho mais isso como obsessão. Tenho obsessão pelo Brasileiro, pela Copa do Brasil...”, disse.

A posição do mandatário alvinegro se baseia nas condições que a Conmebol oferece, nas imposições e também por causa dos constantes erros da arbitragem contra equipes brasileiras. Andrés segue defendendo o boicote a Libertadores.

“É difícil, estou desanimando. Falei há 10 anos que todos tinham de sair da Libertadores. Hoje eu escuto falar, lógico que eu quero disputar, mas do jeito que está, não posso pôr patrocinador meu, não posso nada, e o time vai jogar em uns estádios aí... Tivemos de dormir num container, no Chile. Mas, os clubes brasileiros não se unissem mais. Fala que o Brasil não vai disputar, você vai ver como mudaria. Eu falei isso em 2010, 2011. Cada dia estamos com menos representatividade”, concluiu.



 

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