Andrés ironiza "incompetência" própria na venda do nome da Arena - Gazeta Esportiva
Andrés ironiza "incompetência" própria na venda do nome da Arena

Andrés ironiza "incompetência" própria na venda do nome da Arena

Gazeta Esportiva

Por Helder Júnior e Tomás Rosolino

26/07/2018 às 19:29

São Paulo, SP



Mais de quatro anos depois da inauguração da Arena Corinthians, a diretoria do clube ainda não conseguiu negociar os naming rights, parte importante da engenharia financeira para o pagamento do local. Outra vez questionado sobre o tema, recorrente em suas coletivas, o presidente do clube, Andrés Sanchez, usou um pouco de ironia para admitir que, até o momento, fracassou na missão que lhe foi dada antes mesmo da abertura de Itaquera.

"Incompetência nossa primeiro. Segundo, quando fizemos arena era pais, quando terminamos era outro. Vou dar mil desculpas, vão colocar aí nas manchetes, mas é incompetência. Questão de tempo, cultura de razões", comentou o mandatário, causando leve incômodo no diretor de marketing alvinegro, Luis Paulo Rosenberg, sentado ao seu lado, que logo pediu a palavra.

"Quer falar?", questionou Andrés. "É lógico. Fui chamado de incompetente, de burro, pô", respondeu o conhecido marketeiro corintiano, em tom bastante amistoso perto do que a fala escrita transparece. A cargo disso desde que assumiu o posto na nova diretoria, além de diversas participações anteriores, Rosenberg deu a sua versão para o tema.

"O mais grave de todos foi queda das atividades no Brasil. Isso é mortal. Houve deterioração da imagem do futebol em geral e isso não é como vender um patrocínio de camisa.Se cometo algum deslize, é um ano. 20 anos é uma coisa muito séria. Duvido imaginar um nome de comprador de possível naming rights que a gente não tenha contatado Mas é processo demorado. Não é como vender Opala 68, que sabe o que está comprando. Tem que ter trabalho de sedução", justificou Rosenberg, dizendo ter "meia dúzia dessas negociações em andamento.



O dirigente continuou a explanação negando-se a dar um prazo para o acerto da venda. Nas previsões feitas pelo clube, no entanto, a venda deve ser feita até o final do ano que vem para encaixar-se nas expectativas de receita do Timão. No total, a arena tem um custo de 1,3 bilhão.

"Como vou dar um prazo para um negocio desses? 99% da negociação fechada é igual a 0. Esse 1% não deixa acontecer. Está acontecendo interesse, eventos complementares, campanha contra a mulher, ao contrário do outdoor eletrônico, aqui é um casamento. Ele quer ter mais confiança na fidelidade, nos hábitos de passeio e frequência conjugal", brincou, colocando a imagem corintiana como a mais importante nessa negociação.

"20 grupos com quem a gente conversou e nenhum deles tem o medo de que o nome não pegue. Nenhum deles chegou a brigar por preço também. Antes disso, reflete que tem uma decisão de 20 anos de se associar ao futebol brasileiro, medo de violência. Com evento como amistoso com Cruzeiro, em que franqueou o acesso de mulheres totalmente. Aquilo transmite imagem do novo futebol que cai muito bem", concluiu o diretor.

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