A imprensa espanhola encarou como menosprezo. Os ingleses valorizaram o apreço pelo Chelsea e pelo Arsenal. Fato é que as declarações recentes de Cesc Fàbregas, num evento promocional com jovens britânicos, surpreenderam grande parte da crítica.
Perguntado sobre questões gerais, como os melhores técnicos e meio-campistas com os quais trabalhou, Fàbregas não mencionou nenhum espanhol, e acima de tudo, nenhum ex-companheiro de Barcelona como figura de destaque na carreira.
Ao falar sobre os treinadores, Fàbregas lembrou de Arsène Wenger, do Arsenal, e José Mourinho, que o comandou no Chelsea, deixando de lado figuras como Tito Vilanova, Pep Guardiola, Vicente Del Bosque e Luis Aragonés – os dois últimos comandaram o meia na seleção da Espanha.
“Wenger foi o mais importante, quem me deu a oportunidade de mostrar o que eu sabia fazer com apenas 16 anos. Mourinho, por sua vez, me acolheu quando eu passava por um momento difícil na carreira e me permitiu acreditar em mim novamente, chegando ao título inglês, que sempre foi um objetivo”, comentou.
Revelado na base do Barcelona, mas alçado ao profissional já pelo Arsenal, Fàbregas optou por não citar a dupla Xavi e Iniesta como referência na posição, já que não os considera “reais”.
“Eu poderia dizer Iniesta ou Xavi, que tem um jogo maravilhoso para os expectadores, mas no futebol real é mais. Não é real para mim. Se tivesse que escolher alguém decidiria entre Flamini e Gilberto Silva”, disse.
Cotado para defender a Espanha, atual bicampeã, na Eurocopa de Paris, Fàbregas já prevê trabalho duro na volta da competição europeia, já que Antonio Conte começará um novo projeto no cargo de Guus Hiddink.
“Teremos que adaptar sua tática aos treinos, e acredito que depois da Eurocopa podemos fazer um grande trabalho. Tentarei fazer o melhor possível para que o Chelsea esteja sempre acima. Sei que ele é vencedor e vai querer continuar ganhando”, afirmou.
