“Tenho certeza que não é hora de mudança. A Copa América, ficamos 49 anos sem ganhar, mesmo com os timaços que tivemos. É uma competição traiçoeira. As equipes sul-americanas têm uma rivalidade muito grande contra o Brasil. Contra o Brasil, todo o mundo joga sua final de Copa”, disse Parreira.
Encarregado de suceder o contestado Dunga em 2016, Tite conduziu a Seleção ao primeiro lugar das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2018. Na Rússia, porém, o Brasil não embalou e acabou eliminado pela Bélgica nas quartas de final.
“Ele fez um trabalho muito bom até a Copa do Mundo. Em três anos de Seleção, o Tite tem duas derrotas, contra a Argentina e a Bélgica. Olha só: duas derrotas! Mas fica a análise em cima do trabalho, do desempenho e do resultado da Copa. Já Ficamos 24 anos sem ganhar a Copa e, agora, vamos para 20”, afirmou.
Tetracampeão mundial com a Seleção Brasileira em 1994, Carlos Alberto Parreira conquistou a edição de 2004 da Copa América ao vencer a arquirrival Argentina nos pênaltis. Conhecedor do ambiente de intensa cobrança hoje enfrentado por Tite, ele deu conselhos.
“Técnico não tem que ficar preocupado com isso (pressão). Tem que ficar preocupado em executar o seu trabalho”, resumiu. “Não vai ser fácil aqui, mas temos todas as condições de ganhar e vamos torcer. Depois, segue o trabalho visando Eliminatórias e Copa do Mundo. Não pode ficar mudando de treinador a cada tropeço”, reiterou.
Tite divulga a lista de convocados para a Copa América às 11 horas (de Brasília) desta sexta-feira, na sede da CBF, localizada no Rio de Janeiro. Integrante do Grupo A, a Seleção Brasileira estreia no Morumbi contra a Bolívia em 14 de junho e ainda enfrenta Venezuela e Peru na primeira fase.
