Com o goleiro Alisson confirmado no time titular e Miranda iniciando os treinamentos, Dunga preferiu falar pouco na coletiva desta terça-feira. O treinador ressaltou a dificuldade de se jogar a Copa América e aliviou a culpa do arqueiro na falha cometida no empate por 0 a 0 com o Equador. O arqueiro levou um frango após um cruzamento, mas teve a sorte de o auxiliar invalidar equivocadamente o gol, sob a alegação de que a bola havia saído antes pela linha de fundo antes de chegar à meta.
"Como treinador, líder, tenho que dar confiança ao meu jogador. Erro faz parte, se ninguém errasse, ninguém ganharia o jogo", afirmou Dunga, ao ser questionado sobre a falha do goleiro.
Sobre a quantidade de treinos, o comandante diz que mesmo com a falta de tempo, ainda preza pela qualidade das atividades. “Treinar muito não dá. O que dá para se fazer é treinar com qualidade, assim como tínhamos conversado no início com todos os jogadores, de que o nosso objetivo sempre foi buscar isso. O corpo do ser humano tem um tempo de recuperação, não podemos passar por cima disso. Com os cortes, acabamos perdendo tempo para treinar, então a palavra agora é recomeço”, afirmou.
“Acho que mesmo com tudo isso acontecendo, a gente tem conseguido fazer um bom trabalho. Os jogadores têm entendido as necessidades e tenho certeza de que a equipe irá crescer com isso”, acrescentou o técnico sobre o problema com os jogadores cortados.
A Seleção Brasileira ainda treinará nesta terça-feira, Às 18h30 (de Brasília), em preparação ao compromisso contra o Haiti na próxima quarta-feira, 8 de junho. As equipes do Grupo B, liderado pelo Peru, irão se enfrentar às 20h30, no Florida Citrus Bowl.
Veja os principais trechos da entrevista de Dunga:
Miranda
“Temos que buscar o aprimoramento. O Miranda vai iniciar nesta terça-feira, e vamos ver qual será a reação dele depois disso, espero que seja positiva”, informou o técnico.
Força dos adversários
“É a equipe que mais vai nos dar trabalho. Eles trabalham com a mesma equipe há muito mais tempo, com uma estrutura de jogadores muito experiente. É normal que, dentro de um trabalho de programação, você tenha que dar oportunidade aos que já tiveram chance e aos novos, até formar um grupo definitivo, mas que tenha uma estrutura de base. Eles levam essa vantagem sobre a gente, mas temos a qualidade dos nossos jogadores para poder equiparar a situação”, revelou quando questionado sobre a força coletiva de adversários como Argentina, Chile, Colômbia e México.
Trabalho duro
“O mundo evolui e muda a cada instante. Com a Copa América não seria diferente. Essa competição evolui e dá muito trabalho para fazermos o nosso. Temos nos concentrado muito para buscar o melhor possível, conversado com todos eles, e em todos os aspectos é a que se teve mais trabalho”, analisando a competição como uma das mais difíceis.
Base
“Vai depender de jogo para jogo. É importante manter a base e, dentro deste perfil, fazer algumas alterações dependendo da partida e da qualidade do adversário, sentindo também os aspectos de treinamento, analisar as características de cada um para ver qual elenco se encaixa mais para aquela situação”, esclareceu.
Reconhecimento do campo
“Seria mais fácil se pudéssemos treinar no mesmo local do jogo, mas temos feito treinado bastante para não deixar interferir. Essa adaptação dos jogadores para melhorar a qualidade do jogo, seria importante, mas temos outros problemas maiores. Isso faz parte do regulamento e estamos dentro dele”, disse.
Torcida
“Temos muito prazer em poder jogar aonde existe uma grande comunidade de brasileiros. Nosso papel agora é presenteá-los com uma boa atuação da Seleção. Estamos em busca disso. Temos que ter paciência e tomar as decisões na hora certa”, agradeceu.
