Brasil x Espanha em Tóquio: Jardine detalha final “com cara de jogo de seleção principal”
Por Vinícius Gobatto
07/08/2022 às 09:00
São Paulo, SP
“Foi um jogaço. Com certeza, para mim, as duas melhores da competição. A Espanha, com praticamente uma seleção principal, tem uma geração especial, muito forte, assim como a nossa. Foi uma final com cara de jogo de seleção principal”, afirmou o comandante.
A equipe treinada por Luis de la Fuente contava com diversos jovens que, nos meses seguintes, ganharam ainda mais protagonismo. O goleiro Unai Simón, por exemplo, foi titular da seleção espanhola principal nas últimas partidas da Liga das Nações. Já o lateral esquerdo Marc Cucurella deixou o Brighton recentemente e assinou com o Chelsea. No meio de campo, Pedri se tornou um dos principais nomes do Barcelona e foi eleito o Golden Boy de 2021. Por fim, no ataque, Marco Asensio registrou seis temporadas no Real Madrid.
Na disputa pelo ouro olímpico, Richarlison perdeu pênalti aos 38, mas o Brasil, com Matheus Cunha, balançou as redes nove minutos mais tarde e foi para o intervalo com vantagem. Já aos 16 do segundo tempo, Mikel Oyarzabal garantiu o empate da Espanha, que cresceu “moral e animicamente”, segundo Jardine. O treinador também ressaltou a importância dos brasileiros que entraram já na prorrogação - em especial Malcom, que anotou o gol decisivo já aos três minutos da segunda etapa complementar.
“Conseguimos dar uma equilibrada e trazemos o jogo para nós. O pessoal que entra, especialmente o Malcom, vai muito bem, consegue fazer o gol do título, que coroa um trabalho exemplar nosso. Acho que a gente não merecia sair com outro resultado, pela qualidade dos jogadores, do trabalho e do planejamento que a CBF fez em torno desse projeto olímpico. Foi a realização de um sonho”, explicou o técnico.
Por fim, André Jardine ainda falou sobre um gosto especial pela conquista, ocorrida no Estádio Internacional de Yokohama. O local foi palco do pentacampeonato mundial brasileiro de 2002, com dois gols de Ronaldo na final contra a Alemanha.
“Falamos sobre isso na preleção. O Japão, em si, traz boas lembranças. A gente percebe o carinho que o povo japonês tem pela Seleção Brasileira. A gente se sentiu em casa e, sem dúvidas, com boas vibrações”, finalizou Jardine.