Dentro de sua lógica de não priorizar jogadores para formar o time da Seleção Brasileira, Dunga realizou algumas mudanças na lista anunciada nesta quinta, para os confrontos contra Argentina e Peru, pelas Eliminatórias. Após abrir mão do gremista Marcelo Grohe e do meia Philippe Coutinho, do Liverpool, já que ambos se recuperam de lesão, Dunga mudou de protocolo com relação a David Luiz, convocando-o apesar das dúvidas.
O zagueiro, titular do PSG e da Seleção Brasileira durante a Copa do Mundo e Copa América, David Luiz sofreu, logo na estreia das Eliminatórias, uma contusão no joelho semelhante a da última temporada, quando se lesionou nos Estados Unidos, em jogo com a camisa amarela. Diante do Chile, em Santiago, o camisa 4 foi substituído pelo colega de clube Marquinhos, mas deve estar em condição de atuar em Buenos Aires.
O técnico Dunga garante que tem mantido contato com David Luiz para supervisionar sua recuperação. "Falamos com ele ontem (quarta-feira) e hoje também (quinta-feira), um pouco antes da convocação, e ele estava no treino. Ele está se recuperando bem e poderia ter jogado nesta semana (contra o Real Madrid), mas a comissão do PSG quis esperar um pouco mais para dar mais tempo de preparação a ele. Está tranquilo", declarou o comandante.
O goleiro Marcelo Grohe, que foi cortado da delegação ainda em Fortaleza (CE), antes do jogo contra a Venezuela, por conta de uma lesão no ombro direito, foi uma das baixas da nova convocação. Apesar de já ter retomado os trabalhos no Grêmio, o arqueiro perdeu lugar para Cássio, do Corinthians, que terá sua primeira oportunidade com o técnico Dunga.
"Temos todos os relatórios médicos, é uma escolha que temos que fazer para não ter tantas mudanças no time. Temos um grupo bom. O Grohe ainda não está 100% e o Cássio já estava merecendo uma oportunidade. Nós tentamos trazer o máximo de jogadores possíveis para observar", ponderou. "Cada vez que falamos dos atletas que não estão na Seleção, nós desmerecemos aqueles que estão", apontou, redefinindo o foco da entrevista.
Ao comentar sobre a situação de Philippe Coutinho, que substituiu Neymar a partir da suspensão do camisa 10 ainda na Copa América, Dunga reforçou a necessidade de o intercâmbio de informações entre Seleção e clube ser feito de forma ágil, o que deixa no ar alguma dificuldade na comunicação recente entre as partes.
"É um atleta que está voltando de lesão, mas como eu falo, não pode deixar cadeira vazia. Temos contatos frequentes e é preciso passar todas as informações. Temos que ter a informação na hora exata, quando ela passa, pode acontecer alguma coisa que não vai agradar a todos", comentou Dunga, que manteve a experiência de Kaká e Ricardo Oliveira como trunfo para os próximos confrontos.
