O Botafogo começa 2015 com a esperança de ter receita para evitar o acúmulo de dívidas. O clube conseguiu retornar ao Ato Trabalhista e vai ter parte de suas receitas liberadas. O presidente Carlos Eduardo Pereira destacou que assim que isso ocorrer, o Alvinegro vai buscar um acerto com o goleiro Jefferson.
“Desde que começamos a trabalhar, conseguimos voltar ao Ato Trabalhista. Com isso, teremos a chance de honrar os nossos compromissos. Ainda não temos esse dinheiro por conta dos trâmites do TRT. Assim que tivermos, nossa prioridade é acertar a pendência do goleiro Jefferson. Temos que acertar o que é devido ao jogador, que gira em torno de R$ 2 milhões. Após isso, queremos fazer um contrato até 2017, no fim do meu mandato. Queremos dar tranquilidade para ele trabalhar. É muito importante termos um jogador de Seleção Brasileira no elenco”.
Pereira destacou que somente o goleiro Jefferson terá um tratamento especial em relação à salário. No restante, o Botafogo vai contratar reforços que estejam no patamar planejado pelo diretoria.
“A questão do Jefferson é bem objetiva. Ele é jogador de Seleção Brasileira e terá um tratamento diferenciado. Em relação ao restante do plantel, o Antônio Lopes está trabalhando e deve anunciar alguns nomes na reapresentação do elenco. Foram quase 20 dispensas e temos que repor algumas perdas. O André Bahia foi para o Japão. Já o Daniel e o Gabriel saíram por questões trabalhistas”.
O mandatário não atacou a gestão de seu antecessor, Maurício Assumpção, pelas dívidas criadas em 2014. Segundo Pereira, a situação do clube chegou ao estágio atual por uma série de fatores.
“A situação que encontramos no Botafogo é gravíssima. No entanto, isso não foi criado pelo Maurício Assumpção sozinho. Foi tudo em conjunto. Em 2011, quando disputei a eleição contra ele, muitos membros do quadro social e do conselho foram favoráveis a continuidade da gestão”.
O presidente rechaçou que o Botafogo vá "pedir falência" pelo tamanho das dívidas. Pereira ressaltou que a diretoria tem o orçamento fechado para 2015 e não terá como pagar aos novos credores. Ele lembrou que algumas receitas já estão direcionadas para acertos nesse sentido.
“Se um clube tiver torcedores, poderá sobreviver, mas irá se apequenando ao longo do tempo. O Botafogo é um grande clube, mas não teremos abertura para pagamento de dívidas. O que recebermos será para a disputa da temporada. Algumas das cotas que foram antecipadas foram para os credores. O Dória, por exemplo, não foi pago e, quando acontecer, esse dinheiro vai direto para pagamento de dívidas”.
Por fim, Carlos Eduardo Pereira manteve a humildade ao falar sobre a chance do Botafogo no Campeonato Carioca. Para o mandatário, os alvinegros serão a quarta força da competição, mas de olho na taça. O objetivo do clube é o acesso á Série A do Campeonato Brasileiro, mas ele sonha com o título da Copa do Brasil.
“A gente sabe que o Botafogo vai entrar no Campeonato Carioca como a quarta força, mas sem estar muito distante dos outros grandes. Se eles bobearem, vamos surpreender. A Série B é outra história. Vamos em busca da vaga, mas sabemos que os adversários vão fazer o jogo da vida contra o Botafogo. Já na Copa do Brasil, teremos a experiência do René Simões e Antônio Lopes e quem sabe não voltamos para a Libertadores em 2016 - finalizou.