A construção histórica do Camp Nou já tem os dias contados. Nesta quarta-feira, um corpo de jurados formado por membros do clube, arquitetos e encarregados do marketing, definiram que o projeto do novo Camp Nou contará com o auxílio da empresa japonesa Nikken Sekkei. Calculado para comportar 105 mil torcedores, a despeito dos atuais 99.354 lugares, o novo estádio deve ser inaugurado entre 2021 e 2022.
Além do estádio azul e grená, o complexo esportivo que será construído ao seu entorno se tornará o maior da Europa. Um ginásio, um centro poliesportivo e um alojamento estão na pauta das obras que tem prazo para começar até 2017. O custo total da reforma está orçado em 600 milhões de euros (cerca de R$ 2,4 bilhões), sendo que a revitalização do estádio, em si, custará pouco mais de R$ 1 bilhão.
Além de quadras para o basquete, o futsal e até o hóquei no gelo, o gramado do estádio principal será coberto por uma estrutura de 47 mil m². Até o próximo ano, quando a obra está programada para ter início, o Barcelona tentará recorrer a financiamentos para conseguir dar conta do valor total da obra.
O plano da diretoria, que não prevê nenhum prejuízo aos sócios ou ao clube em termos esportivos, é investir cerca de 200 milhões de euros (cerca de R$ 815 milhões) do próprio bolso. Os outros dois terços do orçamento serão preenchidos com um empréstimo bancário e a venda dos naming rights para uma empresa – que ainda não está definida.
Inaugurado em 1957, com capacidade para 48 mil expectadores, o Camp Nou custou cerca de 1,73 milhões de euros (cerca de R$ 7 milhões). Para o Mundial de 1982, disputado na Espanha, teve sua capacidade aumentada para cerca de 120 mil pessoas. No entanto, por motivos de segurança, foi obrigado a preencher os espaços restantes com cadeiras, deixando a capacidade total em pouco mais de 90 mil expectadores.
