O desfecho do Clássico das Multidões de Minas Gerais foi diferente do que se poderia supor no início do segundo tempo. Onze minutos após o intervalo, o lateral Patrick derrubou Cesinha na área, cometeu pênalti e foi expulso, deixando o América com um homem a menos. O atacante André converteu a cobrança e colocou o Galo em superioridade também no placar – além de numérica em campo. No entanto, o Atlético não aproveitou o momento favorável na partida e cedeu a virada aos rivais, fato que foi lamentado pelo elenco alvinegro depois do apito final.
“A gente bobeou. Mesmo com um a mais a gente não conseguiu segurar o jogo, não conseguiu tocar a bola. A gente não conseguiu se impor, mesmo quando o resultado era favorável. Nos complicamos demais e acabamos penalizados com a derrota”, avaliou o goleiro Victor, em entrevista à Rádio Itatiaia após o jogo.
Vindo de derrota por 2 a 0 para o Colo-Colo na estreia da Libertadores na última quarta-feira, o Galo foi desfalcado para o clássico. Os laterais Marcos Rocha e Douglas Santos e o atacante Lucas Pratto estão se recuperando de lesão e não puderam ser utilizados. Já o meia argentino Dátolo cumpriu suspensão diante do Coelho. Além disso, o treinador Levir Culpi optou por poupar os titulares neste domingo, de olho no compromisso de quarta-feira, contra o Atlas-MEX, pela competição continental. No Campeonato Mineiro, o Galo agora ocupa a 3º posição na tabela.
Autor do gol do Atlético, o atacante André apontou a falta de entrosamento e a inexperiência do time que enfrentou o América como razões para a derrota. “Faltou um pouquinho de malandragem pra gente. Não estamos acostumados a jogar juntos, e a gente sentiu um pouco isso também. Com um jogador a mais e 1 a 0 no placar, a gente precisa acalmar o jogo, tocar a bola. Essa falta de entrosamento pesou também”, comentou o atleta.
O zagueiro Edcarlos, que cometeu o pênalti que resultou no gol da virada do Coelho, fez discurso semelhante ao de André, e pontuou que o time não aproveitou a vantagem numérica para crescer na partida e se descuidou defensivamente.
“Nós nos excedemos na vontade, na correria, e quando o jogo se apresentou para a gente, nós achamos que poderíamos resolver a qualquer momento, e deixamos o contra-ataque aberto para eles. Mas futebol é isso, a bola pune também”, comentou.
A palavra de ordem, no entanto, é esquecer o revés no clássico o mais rápido possível para focar no confronto do meio de semana contra o mexicano Atlas, novamente no Estádio Independência. “Quarta é outro jogo, é outra história. Na Libertadores o espírito é outro, e tenho certeza que a partir de quarta vamos voltar a ganhar para subir na Libertadores e no Campeonato Mineiro”, finalizou Edcarlos.
