Experiência x juventude: Lauro e Uilson “brigam” por posição no Galo - Gazeta Esportiva
Experiência x juventude: Lauro e Uilson “brigam” por posição no Galo

Experiência x juventude: Lauro e Uilson “brigam” por posição no Galo

Gazeta Esportiva

Por Do correspondente Gustavo Aleixo

31/03/2016 às 08:00

Belo Horizonte, MG

Sem os goleiros Victor e Giovanni, Aguirre tem apenas o experiente Lauro e o jovem Uilson à disposição para o gol (Bruno Cantini/CAM)
Experiente Lauro não se vê em vantagem na disputa com o jovem Uilson (Fotos:Bruno Cantini/CAM)


De um lado, o rodado Lauro, de 35 anos. Do outro, Uilson, de apenas 21. Sem os goleiros Victor e Giovanni, lesionados, o técnico Diego Aguirre terá que optar pela experiência ou pela juventude no gol atleticano nos próximos jogos do Galo, em especial na Libertadores.

A escolha promete ser complicada, tendo em vista que ambas as opções apresentam diferentes vantagens, que podem ser importantes durante as partidas. É o que afirma o recém-contratado Lauro. Em sua apresentação nessa quarta-feira, o experiente goleiro, que substituirá permanentemente Giovanni na lista de inscritos da Libertadores, avaliou a disputa com Uilson e minimizou a diferença de idade entre ele e o jovem companheiro de posição.

“Essa diferença de idade, hoje, não é tão significativa, haja visto que o goleiro da Seleção é o Alisson (de 23 anos), que chegou e tomou conta da posição. É lógico que, quando se tem mais experiência, em determinados momentos se consegue administrar as partidas de forma mais simples, o que, de repente, surte mais efeito”, avaliou.

“Por outro lado, quando se tem juventude, você tem ímpeto, força, coragem e é destemido. Isso pode fazer a diferença nos jogos também. Então, é uma disputa sadia e vou procurar me apresentar para a comissão técnica e para os jogadores, ganhar confiança e se surgir a oportunidade para jogar, seja para mim ou para o Uilson, o Atlético sempre estará bem servido de goleiros”, completou.

Campeão da Libertadores pelo Inter, Lauro conhece bem a competição continental (Bruno Cantini/CAM)
Campeão da Libertadores pelo Inter, Lauro conhece bem a competição continental (Bruno Cantini/CAM)


Apesar de não ser ver em vantagem na "briga" por um lugar entre os titulares, Lauro tem como trunfo o fato de estar habituado a disputar competições continentais. O goleiro de 35 anos, inclusive, soma duas conquistas sul-americanas, quando atuava pelo Internacional, sendo uma delas a Libertadores de 2010. Diante disso, o arqueiro espera ser importante não apenas em termos técnicos, mas também no compartilhamento de situações já vivenciadas por ele no torneio.

“Tive contrato por seis anos com o Internacional, pude ser campeão da Recopa e da Libertadores. Palavras positivas e orientações sempre são bem-vindas. Hoje, o jogador é mais inteligente e quando você atinge certa experiência você pode ser pontual, fazendo uma observação que faça a diferença”, destacou.

“Tutor” de Uilson – No futebol há alguns anos, Lauro já conviveu com falhas em jogos importantes. Este cenário está sendo vivenciado por Uilson nesta semana, após o jovem goleiro falhar no gol do Cruzeiro, que deu a vitória ao rival, por 1 a 0, no clássico do último domingo.

Apesar de ainda não conhecer muito bem Uilson, Lauro se coloca à disposição para orientar o jovem goleiro, tal como fez na Lajeadense, seu último clube, quando também ajudou um inexperiente companheiro de posição com conselhos e experiências vividas ao longo da carreira.

Uilson falhou no clássico do último domingo contra o Cruzeiro (Washington Alves/Light Press)
Uilson falhou no clássico do último domingo contra o Cruzeiro (Washington Alves/Light Press)


“Para se ter este tipo de conversa, é preciso primeiro intimidade. Mas, com certeza, nas concentrações, já que os goleiros se concentram juntos, a gente tenta passar aquilo que a gente já viveu, os erros que já foram cometidos e os acertos. Foi assim, agora, na Lajeadense. Tive a oportunidade de trabalhar com o Paulo, um excelente goleiro de 24 anos, que ainda não surgiu para o futebol, cheio de dúvidas e ansiedade. Durante quatro meses que estive lá, aconteceu um tanto de coisas. Ele me agradeceu, me ligou e chorou”, conta Lauro.

“Faz parte do meu perfil estar ajudando de alguma forma. Somos companheiros, disputamos dentro de campo, mas fora de campo somos amigos. Não importa quem estiver jogando. Mas, tenho certeza que passarei coisas boas não apenas para ele, mas para todos também”, encerrou.

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