Furacão apresenta fechamento de teto retrátil da Arena da Baixada - Gazeta Esportiva
Furacão apresenta fechamento de teto retrátil da Arena da Baixada

Furacão apresenta fechamento de teto retrátil da Arena da Baixada

Gazeta Esportiva

Por Do correspondente Luiz Felipe Fagundes

02/04/2015 às 12:23

Curitiba, PR


A tampa do caldeirão finalmente está fechada. O Atlético Paranaense recebeu oficialmente a obra terminada do teto retrátil da Arena da Baixada e apresentou a nova estrutura em coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira.


O presidente Mário Celso Petraglia relembrou os percalços e polêmicas, e mostrou alívio e satisfação pela conclusão do projeto, que nas últimas semanas voltou a ficar em evidência com as acusações por parte do torcedor rubro-negro de ter prioridade em relação ao time, que está em crise.


“Nós tivemos alguns momentos difíceis em nossa caminhada em função das dificuldades para a construção do estádio para a Copa do Mundo. Mas hoje é um dia de muito orgulho, apesar dos descrentes, daqueles que não acreditavam que seríamos capazes”, alfinetou o dirigente, que citou brevemente os problemas financeiros enfrentados durante a instalação da estrutura, com salários atrasados e desencontro com a empresa responsável. “O pior já passou”, resumiu.


O presidente atleticano destacou que, mais uma vez, assim como quando o velho Joaquim Américo foi ao chão para o surgimento da Arena, o Furacão se destaca pelo ineditismo. “Foi um desafio. Precisamos marcar em nossa caminhada momentos diferentes. Tivemos muito orgulho quando inauguramos a primeira fase da Arena, em 1999, e todos consideram a melhor arena recém-construída. E agora, com esse diferencial, nos sentimos novamente na vanguarda. Estamos à frente”, analisou.


Arena da Baixada é o primeiro estádio de futebol do hemisfério Sul do planeta a apresentar teto retrátil (Foto: Bruno Baggio)
Arena da Baixada é o primeiro estádio de futebol do hemisfério Sul do planeta a apresentar teto retrátil (Foto: Bruno Baggio) - Credito: Divulgação/CAP


A Arena se tornou o primeiro estádio da América Latina e o primeiro para futebol no hemisfério Sul a ter a tecnologia de teto retrátil. O sistema funciona com dois módulos de 76m de largura por 49,7m de comprimento, e é feito de aço galvanizado com cobertura em policarbonato. Em condições normais, o tempo para fechamento ou abertura total é de 25 minutos. Porém, o cartola ainda não sabe como será o procedimento para o funcionamento efetivo. “Estamos aprendendo. Já sabemos que não tem nenhum impedimento pela CBF e pela Conmebol para fecharmos o teto. A intenção é não jogar com chuva”, disse.


O objetivo agora é manter as condições do gramado em dias chuvosos para não prejudicar o andamento das partidas e, principalmente, qualificar o Estádio Joaquim Américo para receber outros eventos. Um exemplo é o UFC, que seria realizado no final de 2014 mas, pela falta do teto, foi cancelado.


Petraglia apontou para a necessidade de dar maior uso ao espaço para que não seja deficitário, corroborando com a ideia de abrir as portas – e fechar o teto – para atividades diversas. “Um estádio tem uma utilização muito pequena para o futebol. O Atlético manda somente, no máximo, 40 jogos, e temos 365 dias no ano. Agora temos um estádio para multieventos. E logo que estiver completa sua estrutura, receberemos eventos médios, pequenos, encontros, e todo o tipo de atividade”, projetou.


Presidente do clube vê a estrutura como
Presidente do clube vê a estrutura como "vanguarda" (Foto: Bruno Baggio) - Credito: Divulgação/CAP


Copa do Mundo ainda não terminou– Oito meses depois do final oficial da Copa do Mundo, a passagem da competição pela Arena ainda pode ser percebida. O banner da Fifa que ocupou durante esse período o local reservado na fachada para a instalação de um telão de LED finalmente começou a ser retirado por operários. Em frente, a praça que serviu de acesso para a torcida passa por obras de requalificação onde se lê ‘Copa do Mundo Fifa 2014 – legado’.


O próprio estádio ainda é um verdadeiro canteiro de obras. Do lado de fora, a área reservada para comércio ainda está crua, com muitos operários. Obras na parte hidráulica e elétrica ainda tentam resolver alguns problemas vivenciados pelo torcedor, os pisos estão inacabados. A Areninha, que consta na maquete exposta na entrada da área VIP, não tem previsão.


O presidente rubro-negro admite os atrasos, mas acredita que até o final de 2015, pelo menos a parte do estádio estará finalizada. “A Arena não está pronta. Tivemos dificuldade de caixa, em função dos acordos, do crescimento dos custos. Aceleramos os trabalhos, mas muitos detalhes ficaram incompletos. O prédio da imprensa ainda está lá sem vidro, inacabado. Tivemos dificuldades com o Corpo de Bombeiros, que exigiu mudanças. Ainda estamos completando. Deverá ficar com nossa cara até o final deste ano.


Petraglia ainda explicou que o valor investido no teto não faz parte do valor total dos gastos da Copa, que hoje estariam em torno de R$ 365 milhões, quantia que ainda não é definitiva. “O teto não era para a Copa. Nós aproveitamos a construção para a Copa do Mundo para complementar com o teto retrátil. E a Fifa nos solicitou que postergássemos a instalação, pois atrapalharia o cronograma para os jogos. Não temos finalizado os custos finais. Nenhum valor sobre o investimento do teto retrátil está incluído no valor. Nós só acertamos o pagamento com a Lanik depois do controle dos órgãos fiscalizadores”, concluiu.

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