Vieira toma Palmeiras como exemplo e pede tempo para América-MG evoluir - Gazeta Esportiva
Vieira toma Palmeiras como exemplo e pede tempo para América-MG evoluir

Vieira toma Palmeiras como exemplo e pede tempo para América-MG evoluir

Gazeta Esportiva

Por Do correspondente Gustavo Aleixo

22/06/2016 às 00:29

Belo Horizonte, MG

Treinador português destacou entrosamento do rival e admitiu necessidade de reforços (Carlos Cruz/AFC)
Treinador português destacou entrosamento do rival e admitiu necessidade de reforços (Carlos Cruz/AFC)


Nesta terça-feira, o América-MG fez muito pouco para surpreender o líder Palmeiras, no Allianz Parque. Presa fácil para a equipe paulista, o Coelho não se encontrou em campo e novamente sofreu com falhas individuais, que acabaram tendo papel importante na derrota por 2 a 0, que colocou o clube mineiro na lanterna do Campeonato Brasileiro.

Além dos erros individuais, o técnico do América-MG, Sérgio Vieira, avaliou que o maior entrosamento e a qualidade da equipe paulista acabaram pesando no resultado da partida.

“O Palmeiras é uma equipe entrosada, com um grande elenco, já com bastante tempo de trabalho. Era difícil a gente conseguir esta tarefa de melhorar individualmente e coletivamente perante um adversário como Palmeiras. Agora, nós sabíamos disso, das dificuldades que íamos encontrar. Tentamos de alguma forma e com a estratégia que nos resta neste momento, que é estarmos bem organizados, tentar estar defensivamente bem organizados, esperando por situações de contra-ataque. Em alguns momentos que tivéssemos a bola, era para tentar dominar, mas o mérito é do Palmeiras pelo entrosamento que tem em termos coletivos”, avaliou.

Perguntado sobre a dificuldade de seus comandados traduzirem nos jogos o que é passado pela comissão técnica durante os treinamentos, Vieira reconheceu a dificuldade do elenco colocar suas ideias em prática, porém associou tal questão ao pouco tempo de trabalho.

“Os jogadores conseguem assimilar isso, só que depois, colocar em prática, é outra coisa, porque quando a gente debate as questões, quando a gente conversa com os jogadores e eles estabelecem um diálogo com a comissão e comigo, eu sinto que eles entendem, querem fazer. Em baixa intensidade, eles entendem os movimentos. O problema é que para ter um entrosamento coletivamente forte é necessário tempo. O Palmeiras passou por isso. Na fase inicial, quando Cuca chegou, toda gente sabe o que aconteceu. É preciso tempo, não é em alguns treinos, em duas semanas e quatro jogos, em treinos de baixa intensidade que vamos criar esta dinâmica coletiva. Infelizmente, a gente vai ter que mais uma vez melhorar vindo de uma derrota, mas o próximo jogo em casa já é o nosso foco”, comentou.

Além do curto espaço para treinamentos, Sérgio Vieira chegou a admitir que falta ao elenco americano a qualidade necessária para reproduzir na prática a dinâmica ensaiada nos treinamentos. O treinador lusitano, porém, voltou a salientar que o tempo é o fator principal para a evolução da equipe.

“Naturalmente essa é uma questão que vinha sendo feita antes da minha chegada e todos nós estamos a fazer um esforço para que a gente consiga reforçar o elenco. Agora, é normal que a qualidade faz parte de uma dinâmica forte. Não se pode querer ter uma dinâmica forte coletivamente se individualmente a gente comete erros que comprometem o desempenho coletivo. Mas, mesmo estes erros, com trabalho, eu acredito que estes erros podem ser menores. Com o passar do tempo, eles vão diminuir e, para isso, é preciso trabalho”, destacou.

Na última colocação, com oito pontos somados, o América-MG voltará a campo no próximo domingo para fazer o clássico local com rival Atlético-MG, às 11h (de Brasília), no estádio Independência.

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