O recente anúncio da aposentadoria de Mesut Ozil da seleção alemã, especialmente os motivos desta decisão, seguem repercutindo. Neste domingo, o presidente da federação do país (DFB), Reinhard Grindel, reconheceu que deveria ter dado mais apoio ao jogador contra os "ataques racistas" recebidos por ele.
"Deveria ter-me envolvido mais intensamente, em vista dos ataques racistas que sofreu por parte de algumas pessoas, e deveria ter-me interposto pessoalmente para proteger Ozil. Esse tipo de ataque é algo inaceitável. Deveria ter dito isso com mais clareza", declarou Grindel ao jornal alemão Bild.
O anúncio sobra a aposentadoria da Mannschaft foi feito em 23 de julho, quando o meia de origem turca divulgou uma extensa carta, na qual fez duras críticas à DFB, especialmente ao seu presidente, e relatou ter sido vítima de casos de "racismo" após a eliminação precoce da seleção ainda na fase de grupos da Copa do Mundo.
Grindel negou, porém, que Ozil tenha sido tomado como bode expiatório pela prematura eliminação da Alemanha durante a Copa. "Nunca fiz o menor comentário sobre suas atuações esportivas. Para mim, sempre esteve claro que perdemos juntos e ganhamos juntos. Atribuir a derrota a um único jogador é absurdo", declarou.
Semanas antes, o jogador esteve no centro de outra polêmica, quando postou uma foto ao lado de seu companheiro Ilkay Gündogan e do presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, o que, politicamente, não foi bem recebido.
