São Silvestrinha promove inclusão de atletas deficientes - Gazeta Esportiva
São Silvestrinha promove inclusão de atletas deficientes

São Silvestrinha promove inclusão de atletas deficientes

Gazeta Esportiva

Por André Sender

21/12/2014 às 10:00 • Atualizado: 15/12/2015 às 22:46

São Paulo, SP

A 21ª edição da São Silvestrinha, disputada na tarde deste sábado no Centro Olímpico de Pesquisa e Treinamento, também teve a participação de três jovens atletas com deficiência. Superando as dificuldades e o forte calor, ganharam muitos aplausos da torcida nas arquibancadas.

Nickollas Querino Grecco, de oito anos, é deficiente visual e percorreu os 60 metros na pista do Centro Olímpico ao lado de um guia. Para evitar acidentes, ele correu separadamente dos outros meninos de sua idade.

Já Maurício Camargo, de 11 anos, não quis saber de correr sozinho. Amputado da perna esquerda, o jovem atleta participou de uma bateria cheia. Com a mesma prótese que utiliza diariamente, ficou satisfeito com a participação na tradicional prova infantojuvenil, apesar de ainda almejar reunir recursos para comprar uma prótese adequada à prática esportiva.

Maurício foi descoberto pela técnica Leandra Piveta, professora de educação física de sua escola. Ao ver o garoto, de calça, mancando durante as aulas, ficou curiosa. E só então descobriu que ele utilizava uma prótese.

Maurício Camargo, de 11 anos, correu em uma bateria cheia em sua primeira São Silvestrinha - Credito: Fernando Dantas/Gazeta Press
Maurício Camargo, de 11 anos, correu em uma bateria cheia em sua primeira São Silvestrinha - Credito: Fernando Dantas/Gazeta Press


“Ele adora, participa de todas as aulas de educação física. A São Silvestrinha foi a segunda competição dele, antes tinha disputado apenas os Jogos Escolares”, explicou a professora Leandra.

Marcos Peres, de 15 anos, foi o único cadeirante na São Silvestrinha deste sábado. Chegou cedo, mas esperou a bateria dos outros atletas de sua idade para competir  por 600m, no Centro Olímpico.

“Foi muito legal correr com os outros concorrentes. Me preparei por três anos. A pista que eu treino é de 600m, então foi positivo competir justamente essa prova. O esporte, para mim, representa inclusão e autonomia. É muito bom”, explicou.

Atleta de Santos, Marcos Peres, de 15 anos, foi o único cadeirante da São Silvestrinha - Credito: Fernando Dantas/Gazeta Press
Atleta de Santos, Marcos Peres, de 15 anos, foi o único cadeirante da São Silvestrinha - Credito: Fernando Dantas/Gazeta Press

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