Leco se irrita com perguntas, refuta crise, mas admite reforçar elenco - Gazeta Esportiva
Leco se irrita com perguntas, refuta crise, mas admite reforçar elenco

Leco se irrita com perguntas, refuta crise, mas admite reforçar elenco

Gazeta Esportiva

Por Tiago Salazar

28/08/2016 às 15:43 • Atualizado: 28/08/2016 às 15:50

São Paulo, SP

Não parece que o estádio do Morumbi receberá uma partida do São Paulo neste domingo diante de tão pouca gente no entorno  (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)
Não parece que o estádio do Morumbi receberá uma partida do São Paulo neste domingo diante de tão pouca gente no entorno (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)


Bem diferente do que se viu sábado, no CT da Barra Funda, o São Paulo chegou ao Morumbi para o duelo de logo mais, contra o Coritiba, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro, com bastante tranquilidade. O momento que a equipe atravessa acabou afastando mais uma vez o torcedor e era possível contar os poucos que acompanharam a entrada do ônibus com a equipe no estádio Cícero Pompeu de Toledo.


No desembarque, apenas o presidente Leco falou aos microfones. E como não podia deixar de ser, a repercussão ainda se tratava do violento protesto do dia anterior. “A impressão que dá é que está tudo normal, retomamos assim um estado de espírito compatível à necessidade que nós temos de uma apresentação boa, de concentração”, explicou o mandatário, que apesar de chegar junto aos atletas, não teve nenhum tipo de conversa especial com o elenco.


“Nem foi o caso de falar com ninguém. O Ricardo e a comissão técnica conversaram e o assunto está, assim, solucionado e bem encaminhado”, contou, antes de mudar o semblante devido aos questionamentos que viriam em seguida.


Primeiro, Leco não se conformou quando um jornalista fez referência ao momento de crise do clube. O presidente, incomodado com a imagem que fora passada, se alongou e reforçou a grandeza do Tricolor paulista sem deixar de cutucar seus opositores políticos novamente.


“Os escândalos anteriores não são escândalos do nosso momento, da nossa gestão. Os escândalos são anteriores. E hoje o São Paulo vive, simplesmente, um momento adverso, preocupante, mas que não significa que ele esteja abalado a ponto de justificar uma pergunta como esta. O São Paulo ainda está muito grande e em um bom ponto. Não é por ai. O fato de ter havido essa deplorável invasão é simplesmente um aspecto negativo e que tem assim, para nós, outras conotações do que meramente o fato de estar em 11º lugar”, disse, sem se deixar interromper.


“Historicamente, nós já passamos duas vezes por essa situação, inclusive em 2013, nós estivemos duas vezes na zona de rebaixamento e não fomos rebaixados. Foram situações muito mais acentuadas, muito mais difíceis do que essa na qual nos encontramos e conseguimos superar. O São Paulo vive um bom momento, tem uma administração séria e bem intencionada. O clube está arrumado em todos os seus aspectos e, infelizmente, o futebol não deu. Temos de conviver com essas adversidades, mas que não tem força para tirar do São Paulo a sua grandeza”, ressaltou, com palavras firmes.



O presidente Leco voltou a ser um discurso firme depois de uma coletiva de tom combativo no sábado (Foto: Tiago Salazar)
O presidente Leco voltou a ser um discurso firme depois de uma coletiva de tom combativo no sábado (Foto: Tiago Salazar)


Em seguida, outro repórter perguntou sobre a parcela de culpa da diretoria diante desse cenário e apontou as críticas que alguns torcedores têm feito ao clube. E não deu outra. Leco novamente retrucou com ar de desagrado e discordou da indagação.


“Você disse que os torcedores criticam a administração do clube? Eu não tenho essa identificação que você coloca. Eu tenho, sim, que os torcedores estão insatisfeitos com o momento adverso do futebol. Não que os torcedores estejam desenvolvendo críticas à administração do clube, o que é uma coisa diferente”, analisou.


De qualquer forma, o dirigente maior do São Paulo ao menos não esconde a importância da equipe reagir o quanto antes para não terminar o ano brigando contra a queda à Série B do Campeonato Brasileiro. Por isso, não escondeu que mais jogadores podem ser contratados. “Nós estamos tratando disso, sim, inclusive pensando em reforços”, resumiu.


Por fim, antes de se encaminhar ao vestiário, Leco não conseguiu garantir que Michel Bastos, Carlinhos e Wesley estão totalmente aptos a entrar em campo depois de serem agredidos no CT. O presidente tentou até cortar outro repórter quando o mesmo citava o trio em sua pergunta. “Não precisa dizer, porque eu sei quem são”, resmungou, sem se recusar a responder.


“O ser humano tem variações emocionais e nós não podemos responder por elas. Da nossa parte, no global, nós entendemos que está tudo muito bem com os jogadores. E essa foi a palavra que o Ricardo Gomes nos passou, e eu acredito completamente”

Time fechado

Ao subir para o gramado e ser recepcionado por um estádio praticamente vazio, o elenco são-paulino se reuniu no campo, dando mostrar de um elenco tentando se concentrar no seu objetivo. Neste instante, o placar anunciou a escalação com: Denis; Buffarini, Lyanco, Maicon e Mena; Thiago Mendes, Hudson, Michel Bastos e Cueva; Kelvin e Chavez.


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