"Eu não sabia dessa informação (400ª medalha). Independente de tudo, estou feliz, mas não fiz uma boa prova. Minhas marcas são superiores e ainda tive que torcer para não me ultrapassarem. Depois de tudo o que eu passei nesses anos, com dificuldades, com mudança de classe, estar em uma Paralimpíada é um momento único", disse André Rocha.
A medalha de ouro foi para o italiano Rigivan Ganeshamoorthy, que estabeleceu o novo recorde mundial da prova, com 27,06m. O segundo lugar ficou com o letão Aigars Apinis, que alcançou 20,62m.
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André, natural de Taubaté, era policial militar e, durante uma perseguição, em 2005, caiu de um muro alto e sofreu grave lesão na coluna lombar. Depois de complicações na cirurgia e uma nova e grave lesão na coluna cervical anos depois, ficou com lesões permanentes também nos membros superiores, tornando-se tetraplégico. Conheceu o esporte paralímpico em 2013, em um projeto da prefeitura de sua cidade.
Ainda no atletismo, o paranaense Vinícius Rodrigues avançou à final dos 100m da classe T63 (amputados de membros inferiores com prótese), com o tempo de 12s24, sua melhor marca na temporada. Ele se classificou com o sexto tempo geral da prova. A decisão será nesta segunda-feira, às 15h37 (de Brasília).
O paraense Alan Fonteles, por sua vez, garantiu sua vaga na final dos 100m T64 (amputados de membros inferiores com prótese), com o tempo de 11s22. O brasileiro avançou com a oitava melhor marca entre os finalistas. A decisão será nesta segunda-feira, às 16h35. Envolvido na mesma disputa, o gaúcho Wallison Fortes ficou fora da final, com o tempo de 11s43.