Kiev, Varsóvia e países bálticos se opõem à reintegração de atletas russos em competições internacionais
Por AFP
27/03/2023 às 11:53
São Paulo, SP
Às vésperas de uma reunião da comissão executiva do Comitê Olímpico Internacional (COI), "não há uma única razão para se afastar do regime de exclusão de atletas russos e bielorrussos estabelecido pelo COI há mais de um ano", após a invasão russa na Ucrânia, estimam os cinco países em sua declaração divulgada nos sites de seus respectivos Ministérios das Relações Exteriores.
Pressionado a esclarecer sua posição, o COI discute, nesta terça-feira, o retorno de russos e bielorrussos às competições internacionais. Essa possibilidade aumenta as tensões diplomáticas, diante da aproximação dos Jogos Olímpicos de 2024, em Paris, cujas eliminatórias para algumas modalidades já começaram.
Para a organização olímpica, a suspensão não pode durar para sempre. "Nenhum atleta deve ser banido da competição apenas com base em seu passaporte", afirma o COI há vários meses, apoiando-se, entre outros elementos, na opinião de dois especialistas das Nações Unidas.
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Polônia, Ucrânia, Lituânia, Estônia e Letônia alegam que "não é a nacionalidade dos atletas que determina seu papel, mas o fato de serem patrocinados/apoiados por seus governos, ou empresas, que apoiam o regime russo, que continua sua guerra de agressão contra a Ucrânia, ou estão diretamente afiliada ao Exército russo".
Na última quinta-feira, a Federação Alemã de Esgrima renunciou à organização da etapa do Mundial de florete feminino, marcada para o início de maio em Tauberbischofsheim. Em sua decisão, a instituição considerou haver “demasiadas questões em aberto” sobre a reintegração das atletas excluídas.
Poucos dias depois, a federação ucraniana da disciplina anunciou que boicotará todas as competições, em que houver atletas russos e bielorrussos inscritos. Essa ameaça, por parte de Ucrânia, Polônia e países bálticos, já paira sobre os Jogos Olímpicos de 2024